Sindical e Previdência

Fenaban não faz proposta e paralisação dos bancos entra no 14º dia

Sem nenhuma outra proposta para encerrar a greve, bancários entram hoje no 14º dia de paralisação, que já é uma das maiores dos últimos anos; Procon orienta consumidores

Publicado em 19/10/2015 às 11:28

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Os bancários, em greve há 14 dias, aguardavam por uma nova proposta na última sexta-feira. Como ela não veio, a categoria diz que a greve  deste ano pode ser histórica caso bancos mantenham a intransigência em não negociar uma nova proposta que seja decente para os bancários.

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A mais longa greve dos bancários, nos últimos anos, foi de 30 dias em 2004. A do ano passado durou sete dias e a de 2013, de 23 dias. Veja no quadro todas as paralisações desde 2003.

O presidente do sindicato, Ricardo Saraiva Big, diz que os banqueiros estão calados e não fazem nova proposta devido à ganância. Além dos bancários da Baixada Santista, estão em greve os trabalhadores de 26 estados e mais o Distrito Federal.

A greve nacional entra hoje em seu 14º dia. “Os banqueiros  não negociam um reajuste que reponha a inflação anual, muito menos um índice para repor perdas salariais dos últimos anos impostas aos funcionários dos bancos públicos”.

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E prossegue:  “os bancos estão apostando no quanto pior, melhor. Não têm responsabilidade social alguma. Pouco importa se o povo sofre, o trabalhador amarga a falta de dinheiro para ter alguma qualidade de vida ou se falta comida na sua mesa de sua família”, diz Big.

Caixas eletrônicos e casas lotéricas apresentam filas todos os dias devido à greve (Foto: Matheus Tagé/DL)

Menciona ainda que,  além disso, o comércio e a indústria também são afetados com a falta de distribuição de renda acumulada pelos bancos. Setores que aumentaram seus trabalhadores acima da inflação, segundo o Dieese.

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A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 5,5% é bem inferior ao índice de inflação de 9,88% medido pelo INPC, de 01 de setembro/2014 a 30 de agosto/ 2015 (período medido para o dissídio).

Reivindicações

A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de reposição salarial), PLR, piso e vales maiores, fim das metas e do assédio moral, mais segurança, 14º salário entre outros itens. No entanto, o setor que mais lucra no país ofereceu 5,5% e abono único de R$ 2.500, o que representa perda de mais de 4% diante da inflação de 9,88%. 

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Consumidores devem continuar atentos a vencimento de contas

Com greve se prolongando, consumidores devem ficar atentos ao pagamento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança. Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor, o Procon, de São Paulo, embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar as obrigações, a empresa credora tem que oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.

Para não ser cobrado de encargos (juros e multa) e ter o nome enviado a serviços de proteção ao crédito, a recomendação do Procon-SP é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para pagamento, como internet, a sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento em caixas eletrônicos, dentre outros.

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O Procon orienta ainda que o consumidor documente esse pedido, ou seja, guarde cópia de e-mail ou anote o número de protocolo de atendimento, por exemplo. Assim, caso o fornecedor não atenda à tentativa de quitar o débito, o consumidor pode fazer a reclamação ao Procon.

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