Sindical e Previdência

Conferentes vão cruzar os braços nesta terça-feira na Rodrimar

Trabalhadores ligados ao OGMO não aceitam acordo e decidem entrar em greve

Da Reportagem

Publicado em 20/02/2017 às 21:15

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Sindicalista Marcos Sanches diz que a proposta patronal está muito aquém da expectativa da categoria / Matheus Tagé/DL

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Os conferentes de carga, descarga e capatazia  que atuam sob o regime de trabalho avulso administrado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo/Santos) decidiram cruzar os braços a partir desta terça-feira (21) nos terminais portuários do Grupo Rodrimar. A greve foi decidida em assembleia no sábado (18).

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A greve é por tempo indeterminado e direcionada para as empresas Rodrimar S/A Agente e Comissária; Rodrimar S/A Transportes, Equipamentos e Armazéns Gerais; Rodrimar S/A  Terminais Portuários e Armazéns Gerais e S/A Marítima Eurobras Agente e Comissária.

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Com data-base em 1º de março e caminhando para o segundo ano consecutivo sem aumento salarial concedido pela empresa, os profissionais da conferência reivindicam a aplicação do índice do INPC/IBGE apurado no período de 1º de março de 2016 a 28 de fevereiro de 2017 sobre os salários e taxas de produção, aumento real de 9%, e vale-refeição de R$ 33,00 por jornada de 6 horas.

Além disso, o acréscimo de 18,18% no valor apurado sobre o descanso semanal remunerado (DSR) no trabalho avulso, a manutenção da data-base e das demais cláusulas econômicas, bem como das operacionais que tratam da manutenção das equipes, habilitação e escalação dos ­portuários.  

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O sindicato informou na assembleia que a empresa oferece reajuste salarial de 5% não retroativo e quer adotar o sistema de reaproveitamento de pessoal durante a jornada.

“A reutilização do profissional foi rechaçada na assembleia, assim como o percentual proposto que está totalmente fora da realidade econômica do País e muito aquém das nossas expectativas, considerando que a defasagem da remuneração paga pela Rodrimar já se acumula por duas datas-bases consecutivas e está próxima dos 20%”, afirmou o presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia do Porto de Santos (SCCDCPS), Marco Antônio Sanches.

O dirigente avalia a oferta patronal como irrisória diante dos índices de reajustes que vêm sendo obtidos pelo Sindicato nas tratativas com as demais empresas que operam no complexo portuário santista.

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Empresa diz que está aberta ao diálogo e que já fechou acordos com outros sindicatos

A direção da Rodrimar, através de seu diretor de finanças, Antonio Carvalhal, diz que as negociações estão sendo realizadas e que ainda não foram concluídas com os conferentes, ao contrário do que ocorreu com outras categorias.

A empresa ainda lamenta a decisão sobre a greve  e diz que o Grupo Rodrimar está aberto ao diálogo, porém, sem aceitar pressão imposta por movimento grevista.

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A Rodrimar diz que já fechou acordos com outras categorias e que os sindicatos têm que entender o momento de crise na economia do País ocorrido em 2016.

“Enviamos propostas ao presidente do sindicato, Marcos Sanches  e, como ele mesmo reconhece na reportagem dizendo que 5% em março de 2016 é impossível aceitar. Desejam 9% de aumento real, no ano de recessão para nossa economia”, se posiciona a empresa.

“Não aceitam também conferentes contratados pela CLT da mesma categoria que ele representa, para trabalhar nas fainas de Celulose e Granel, somente nas fainas de Container e Carga Geral”, prossegue.

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E conclui: “Estamos abertos ao diálogo, porém sem aceitar pressão de movimento grevista. A categoria tem de entender o momento grave da economia em 2016, sendo que firmamos acordos com algumas categorias em 5% de reajuste".

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