08 de Maio de 2024 • 19:40
TRT ouviu as partes e pediu que sindicato assinasse cláusula de paz que vai durar até próxima reunião / Arquivo/DL
O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT/SP) decidiu marcar uma nova audiência, de conciliação para o próximo dia 17, entre o Sindicato dos Conferentes de Santos e o Grupo Rodrimar, a fim de tentar colocar um ponto final na greve dos conferentes do Porto de Santos.
A decisão foi tomada na primeira audiência realizada ontem onde as partes, independentemente de futuro acordo, se posicionaram perante o desembargador Carlos Roberto Husek, vice-presidente judicial do TRT, em aplicar a partir de amanhã o percentual de 5% de reajuste sobre os salários e vale-refeição.
O Sindicato dos Conferentes, através do presidente Marco Sanches, fez constar em ata, que persiste no reajuste de 19,61% sobre as datas- base de 20115 e 2016, independente do percentual devido para a data-base d 2017.
Tanto os representantes do sindicato quanto os do Grupo Rodrimar afirmaram que pretendem continuar as negociações e pediram o adiamento da audiência com a designação de uma outra a fim de tentar um consenso nas negociações salariais.
O desembargador Carlos Husek disse que em decorrência do avanço das negociações, foi fixado uma cláusula de paz durante as negociações, período no qual não haverá qualquer movimento grevista por parte do sindicato.
A greve foi deflagrada pelos conferentes que atuam no Porto de Santos sob o regime de trabalho avulso administrado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) de Santos, devido ao impasse nas negociações.
Na última semana, os portuários impediram as operações de descarga de fertilizantes à granel no navio Ocean Galaxy, sob responsabilidade da Rodrimar, atracado no cais do armazém 23 do complexo portuário.
O presidente do Sindicato, Marco Antônio Sanches, lamentou o impasse. “Nada disso seria necessário se a empresa tivesse atendido as reivindicações da categoria, que foram balizadas na simples recuperação das perdas inflacionárias dos últimos dois anos, período em que os avulsos não receberam nenhum aumento da Rodrimar”.
Nesse sentido, os 280 conferentes pleiteiam a aplicação do INPC–IBGE de 1º de março de 2016 a 28 de fevereiro de 2017 e aumento real de 9% e vale-refeição de R$ 33,00 por jornada de 6 horas.
Rodrimar
A Rodrimar, por sua vez, através de sua diretoria, disse logo após a deflagração da greve que foi surpreendida com a paralisação que foi deflagrada no momento em que as partes estavam em plena negociação com o sindicato.
Informou que fechou acordo salarial com outros sindicatos de portuários e avulsos e que está oferecendo às mesmas condições para os conferentes., ou seja: cinco por cento a partir de março/16 com pagamento do retroativo em três parcelas.
Agora a greve se encontra suspensa, devido à cláusula de paz, e se na próxima audiência, no dia 17, não houver acordo, o Tribunal deverá marcar uma data para julgamento.
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