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Sindical e Previdência

Centrais pedem eleições diretas e criticam reformas

Sindicalistas de todo o País se preparam para protestos e manifestações na próxima quarta-feira em Brasília

Da Reportagem

Publicado em 19/05/2017 às 10:50

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Foram enterradas 296 cruzes na praia do Gonzaga em forma de protesto / Rodrigo Montaldi/DL

Centrais sindicais divulgaram nota conjunta pedindo apuração rigorosa e e eleições diretas para garantir uma solução democrática para o impasse criado pelas delações envolvendo o presidente Michel Temer.

O presidente foi gravado por Joesley Batista, um dos sócios do frigorífico JBS, em ação conjunta da PF com a Procuradoria. As conversas sugerem seu aval a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).

O texto das centrais defende a realização, no mais curto espaço de tempo exigido pela Constituição, eleições gerais e democráticas.

A nota é assinada por seis centrais: CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros), Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores) e NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores).

Nela, as organizações exigem o estrito cumprimento do rito constitucional e a revalorização do Estado de direito como a via para a devida apuração destas e das demais denúncias e acusações.

As centrais também aproveitaram para criticar as reformas trabalhista e previdenciária do governo, em discussão na Câmara e no senado. Elas exigem sua retirada imediata da pauta para que o debate aconteça de forma ampla, envolvendo representações de trabalhadores e sociedade.

Segundo a nota, o esgarçamento das instituições republicanas indica a falta de legitimidade política e social do governo para,querer jogar sobre as costas dos trabalhadores e da parcela mais humilde da sociedade o custo do ajuste econômico representado pelas propostas.

Mais cedo, Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), havia se posicionado contra eleições indiretas no caso da saída do presidente.
“O Brasil precisa decidir se quer continuar ou sair da crise”, afirmou.

De acordo com ele, caso o Congresso não acate a emenda pelas “Diretas, já”, haverá um “movimento imediato pelo ‘Fora, Rodrigo’”, referindo-se ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Os políticos precisam deixar o povo brasileiro definir seu futuro. A eleição indireta nos deixará nas mãos do mesmo grupo político.”

As centrais informam que, no dia 24 de maio, estarão em Brasília, com a Marcha Nacional dos Trabalhadores, contra as reformas em discussão e exigindo solução democrática para o impasse político.

Sindicatos de Santos se preparam para Marcha em Brasília

Sindicatos de Santos e região filiados à Força Sindical, CUT, CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, Intersindical, NCST e UGT se reuniram ontem, no Sintraport, para definir os próximos passos da campanha contra as reformas trabalhista e previdenciária.

O principal assunto será a ida de ônibus para o grande protesto nacional, em Brasília, na próxima quarta-feira, 24 de maio. As próximas atividades na Baixada Santista também estiveram na pauta da reunião.

Os sindicalistas avaliaram como positivo o protesto da noite de quinta-feira passada (11), na praça das Bandeiras, no Gonzaga, quando os deputados federais Beto Mansur (PRB), João Paulo Tavares Papa (PSDB) e Marcelo Squassoni (PRB) foram enterrados simbolicamente junto com os demais parlamentares que votaram a favor da reforma trabalhista na Câmara Federal.

Na areia da praia, esquina com a avenida Ana Costa, foram enterradas 296 cruzes, com velas ao lado, representando os deputados que votaram a favor da reforma trabalhista.  Durante a semana, vários sindicatos pregaram cartazes em postes com as fotos dos três parlamentares e a frase “você tinha direitos trabalhistas, até estes deputados da região tomarem de você”.

Hoje, de manhã, haverá nova manifestação na Orla da  Praia e na segunda-feira, no Sindicato dos Bancários, uma reunião final para definição dos números de ônibus que sairão de Santos e cidades da Região e a logística das atividades em frente ao Congresso Nacional.

Na reunião de ontem havia a expectativa da renúncia do presidente Michel Temer, que fez pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, mas como isso não ocorreu, os sindicalistas acreditam que milhares de pessoas vão engrossar as manifestações sindicais em Brasília na próxima quarta-feira.

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