Sindical e Previdência

Centrais finalizam hoje pauta para a Marcha em Brasília

‘OCUPE BRASÍLIA’. As centrais sindicais preparam os sindicatos para manifestações na Capital Federal na próxima quarta

Da Reportagem

Publicado em 22/05/2017 às 11:30

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Movimento sindical vai definir as manifestações na Capital Federal durante ato público em frente ao Congresso / Rodrigo Montaldi/DL

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Sindicatos de Santos e região filiados à Força Sindical, CUT, CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, Intersindical, NCST e UGT reúnem-se hoje, às 10 horas, no Sindicato dos Bancários, para definir os próximos passos da campanha contra as reformas trabalhista e previdenciária.

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O principal assunto será a ida de ônibus para o grande protesto nacional, em Brasília, na próxima quarta-feira. Sindicalistas pretendem montar o esquema da viagem e a logística na Capital Federal. A expectativa é de que 100 mil pessoas compareçam às ­manifestações.

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Os sindicalistas vão também levar caixões e as 296 cruzes, que vão representar os deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista na Câmara e que serão ‘sepultados’ nos jardins da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso ­Nacional.

Esse mesmo protesto eles fizeram em Santos, na Praia do Gonzaga, no último dia 11, quando os deputados federais Beto Mansur (PRB), João Paulo Tavares Papa (PSDB) e Marcelo Squassoni (PRB) foram enterrados simbolicamente junto com os demais parlamentares que votaram a favor da reforma trabalhista na Câmara Federal.

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O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo (Fttresp), Valdir de Souza Pestana, defende a pressão sobre o Congresso Nacional baseado em números.

Segundo ele, a base do Governo tem 413 deputados federais, sendo 240 de apoio consistente e 173 de apoio condicionado. Os senadores, por sua vez, são 54 consistentes e 11 ­condicionados.

Conforme dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Pestana pondera que a oposição tem 100 deputados e 16 senadores: “Como se vê, a diferença é enorme”, diz ele.

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O presidente do Sintracomos, Marcos Braz de Oliveira, Macaé, também defende a pressão em Brasília. “O que está em jogo não é apenas a reforma da Previdência e trabalhista”, diz o sindicalista, “mas outros pontos altamente danosos ao povo brasileiro, como a desindexação geral”, disse o sindicalista.

Também com base em estudo do Diap, Macaé cita ainda a desvinculação orçamentária, especialmente das despesas com educação e saúde, além da redução do gasto público.

Coordenador da Força Sindical na região, ele critica também a prevalência do negociado sobre o legislado, prevista na reforma trabalhista, e o aumento da idade mínima para efeito de ­aposentadoria.
 
Sindserv Guarujá

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A presidente do sindicato dos funcionários públicos da prefeitura de Guarujá (Sindserv), Márcia Rute Daniel Augusto, também defende a ocupação da capital federal.

“Não podemos aceitar o corte de direitos dos servidores e a proibição de novas contratações por vedação de concursos públicos nos próximos 20 anos”, diz a sindicalista.

Márcia Rute critica ainda o que classifica de “desmonte do estado enquanto instrumento de prestação de serviços, por meio de insana reforma administrativa que desvaloriza os ­servidores”.

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Portuários de Santos irão em peso, diz Sintraport

O presidente do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’, que foi violentamente agredido pela polícia militar na greve de 28 de abril, diz que está preparado para a ida a Brasília.

“Os portuários irão em peso”, garante o sindicalista. “Temos tradição de luta e os congressistas vendilhões da Pátria e dos nossos direitos sociais que nos aguardem”.

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“Como acham que podem, por exemplo, desmontar a previdência social e a legislação trabalhista como se elas não tivessem dono? São nossas e custaram muita luta de antepassados”, diz Miro.

Coordenador adjunto da Força Sindical na região, o presidente do Sintraport reclama que o governo, deputados e senadores “não tiveram sequer o cuidado que procurar as centrais sindicais para negociar eventuais mudanças”.

“Não é assim que as coisas funcionam”, diz Miro. “Vamos ocupar o planalto e mostrar ao Brasil que não permitimos essa abertura de precedente. Caso contrário, voltaríamos à ­escravidão”.

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