X

Saúde

Variante ômicron se alastra com velocidade sem precedentes, diz OMS

No estado de São Paulo, já foram confirmados cinco casos causados pela ômicron

Folhapress

Publicado em 14/12/2021 às 19:46

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Variante ômicron preocupa agências de saúde / REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados

A velocidade de transmissão da variante ômicron segue ritmo sem precedentes, afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (14). Tedros Adhanom, diretor da entidade, afirmou que a nova cepa já foi encontrada em 77 países.

Além disso, especialistas disseram que o uso somente de vacinas não será suficiente para barrar a transmissão da ômicron.
"É necessário agir agora [para evitar pressão nos sistemas de saúde]", disse Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências em saúde da entidade. Ele chamou a atenção para outras medidas, como usar máscara, evitar aglomerações, prezar por ambientes bem ventilados e fazer testes e sequenciamento genético.

No estado de São Paulo, já foram confirmados cinco casos causados pela ômicron. A variante acionou o alerta da comunidade internacional por causa do seu grande número de mutações.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

As mais preocupantes são as 30 presentes na proteína S, que são utilizadas pelo vírus para entrar nas células humanas. É a partir dessas proteínas que as vacinas atuais são produzidas e, por isso, estudos estão sendo feitos para entender se elas poderiam ser menos eficientes contra a cepa.

A BioNTech e a Pfizer disseram que três doses de seu produto neutralizaram a nova variante em um teste em laboratório. De acordo com as empresas, duas doses resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos contra ela, mas uma terceira dose aumentou os anticorpos neutralizantes.

A OMS já tinha indicado que eram necessários novos estudos para confirmar se o reforço da vacina seria suficiente contra a cepa. Nesta terça (14), Adhano afirmou que a organização "não é contra os reforços vacinais", mas é "a favor da equidade [das vacinas]", indicando a necessidade de imunizar pessoas em países ainda com baixa cobertura vacinal.

Outra pesquisa da Agência Britânica de Segurança da Saúde indicou que duas doses da Pfizer ou AstraZeneca têm uma proteção bem menor contra a ômicron ao comparar com a delta. Com a dose de reforço, foi visto que a proteção para infecções sintomáticas ficou em torno de 70% para os dois imunizantes.

Estudos que miram uma terceira dose dos imunizantes contra a ômicron também são feitos por outras farmacêuticas. A Moderna, por exemplo, planeja produzir uma dose específica para a ômicron, que pode estar pronta em março de 2022.

A Sinovac, empresa chinesa que produz a Coronavac, é outra farmacêutica que programa uma versão atualizada da vacina contra a ômicron em até três meses.

Mesmo com essas suspeitas, a OMS já ressaltou que os imunizantes disponíveis ainda são de extrema importância para barrar a transmissão do vírus e evitar mortes causadas por Covid-19.

Na entrevista desta terça, todos os especialistas da organização pediram para os países aumentarem suas taxas de vacinação a fim de evitar cenários mais críticos da pandemia.

Alguns pontos que ainda estão em aberto são a transmissibilidade e a gravidade da variante. Conforme a OMS, dados preliminares mostram que a nova cepa tem capacidade de transmissão maior que a delta, mas causa quadros clínicos menos graves.

A organização afirmou no domingo (12) que "a ômicron deve superar a delta nos lugares onde há transmissão comunitária".

Por enquanto, as máscaras de proteção devem ser reforçadas para barrar a transmissão da variante, afirmam especialistas. Outra medida tomada contra a transmissão da variante é a adoção do passaporte vacinal para permitir a entrada somente de pessoas em viagens internacionais que já tenham o esquema vacinal completo.

No Brasil, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a obrigatoriedade do passaporte da vacina contra Covid-19 para todo viajante que vier do exterior para o país.

Desde segunda-feira (13), a Anvisa começou a exigir o certificado de vacinação de quem entra no Brasil por aeroportos ou na fronteira terrestre, mas já foi reportado que nem todos os viajantes passam pela fiscalização.

Recentemente, a AGU (Advocacia Geral da União) pediu para Barroso revogar a obrigatoriedade do passaporte ao afirmar que "brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil possam regressar ao país na hipótese de não portarem comprovante de imunização, desde que cumpram com a quarentena".

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Santos

Despejo de lixo é diminuído por barreiras flutuantes no estuário de Santos

Mais do que interromper o despejo de resíduos sólidos no manguezal, outra frente da Operação Enrede é promover a educação ambiental na região

Cotidiano

Confira o resultado da Lotofácil no concurso 3094, nesta sexta (3)

O prêmio é de R$ 1.700.000,00

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter