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Saúde

Otite externa é mais frequente no verão

Por ser comum em praticantes de esportes aquáticos, também é conhecida como ‘ouvido de nadador’. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em crianças de 7 a 12 anos

Publicado em 02/01/2015 às 15:30

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Infecção ou irritação na pele do canal auditivo, a otite externa tem como possíveis causas diferentes tipos de germes. Por ser comum em praticantes de esportes aquáticos, também é conhecida como ‘ouvido de nadador’. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em crianças de 7 a 12 anos – sendo rara em bebês.

No verão, devido ao aumento das temperaturas e da umidade presente no ouvido externo – decorrente do maior tempo de permanência em piscina, mar, rio e lago – sua incidência aumenta em até 70%.  Além do risco de contaminação da água desses locais, a permanência contínua nestas áreas úmidas não permite o acúmulo da cera natural do canal auditivo, que o reveste e protege. Em conseqüência disso, podem ocorrer coceiras, provocando pequenas lesões e facilitando a ação das bactérias e fungos. 

Outros hábitos podem acarretar no aparecimento da infecção, como inserir objetos dentro do ouvido e limpá-lo com hastes de algodão. “Quando o tratamento não é realizado adequadamente ou se o trauma mecânico e o contato com a água contaminada são mantidos, a otite pode se prolongar e se tornar crônica”, explica a professora e otorrinolaringologista Renata Di Francesco, diretora do Departamento de Otorrinolaringologista da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Em casos mais graves, podem ocorrer complicações, como uma infecção cutânea, e ainda, lesões ósseas e cartilaginosas, denominada otite externa necrótica. Nos piores cenários, há o potencial de tornar-se fatal com infecção no sistema nervoso ou no cérebro.

Infecção ou irritação na pele do canal auditivo, a otite externa tem como possíveis causas diferentes tipos de germes (Foto: Divulgação)

Os pais precisam ficar atentos, principalmente quando o clima está quente e os casos se agravam para identificar os sintomas. Dentre os sinais estão secreção do ouvido com aparência de pus, dor de ouvido, perda auditiva, sensibilidade, coceira e, em casos mais graves, febre.

Seu diagnóstico é feito por meio da análise do histórico do paciente e exame otológico. Quando aguda, o conduto auditivo externo fica dolorido ao toque, a pele descama e é avermelhada. Ao se tornar recorrente, é importante proteger o ouvido com protetores auriculares de silicone.

Tratamento

Na maioria dos casos, a indicação terapêutica consiste no uso de antibióticos tópicos e corticosteróides para reduzir a coceira e a inflamação. Segundo Di Francesco, durante o tratamento, o contato direto do ouvido com a água deve ser evitado. Logo, mantenha distância do nado, não colocar a cabeça dentro d’água e, durante o banho, não deixar que ela entre no ouvido.

Para aliviar a dor, usam-se medicamentos de venda livre. Após isso, recomenda- se a aplicação de gotas auriculares tópicas no ouvido, necessitando permanecer com a cabeça de lado por alguns minutos. Vale ressaltar que essas alternativas não curam a doença, apenas combate a dor local.

As gotas articulares adstringentes ou à base de álcool são utilizadas quando a otite externa é recorrente, visando à prevenção da repetição do quadro. A prática não é indicada para infecção mais grave, portanto, o correto é procurar um médico para uma avaliação mais adequada.

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