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Saúde

Número de mortes pelo coronavírus chega a 2 mil na Baixada Santista

Santos segue sendo o município com mais óbitos seis meses após a chegada da pandemia ao Brasil. Ao todo, o município possui atualmente mais de 600 mortes sozinho

LG Rodrigues

Publicado em 28/09/2020 às 18:31

Atualizado em 28/09/2020 às 18:46

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Baixada Santista tem mais casos que muitos países inteiros / LEONARDO SOUZA / PMF

O número de pacientes que contraíram o novo coronavírus e faleceram em decorrência da patologia chegou à marca de 2 mil na Baixada Santista. Dentre moradores das nove cidades, mais de 50 mil cidadãos já foram confirmados com a Covid-19. Atualmente, São Paulo registra mais de 35 mil óbitos, o que significa que as cidades caiçaras correspondem a aproximadamente 5,6% das mortes no Estado.

Em todo o Brasil, mais de 140 mil pessoas já faleceram em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Santos é a cidade com mais casos registrados da doença na Baixada. Ao todo, o município possui atualmente 19.650 casos confirmados e 623 mortes. Na sequência, Guarujá já confirmou 8.224 pacientes com a doença e 382 mortes. Praia Grande tem 8.134 pessoas infectadas pela Covid-19 e 243 mortes.

Quarta cidade mais afetada, São Vicente tem 6.508 doentes e 415 mortes. Cubatão tem 6.705 casos confirmados e 182 mortes. Bertioga já contabiliza tem 1.750 cidadãos com o vírus e 36 óbitos. Mongaguá confirmou 800 pacientes doentes e 20 óbitos. Itanhaém possui 1.373 moradores doentes e 64 mortes. Por fim, Peruíbe tem 954 infectados e 35 mortes.

Todas as informações foram divulgadas pelas secretarias de saúde de seus respectivos municípios e se encontram atualizadas até o começo da tarde desta segunda-feira (28).

LINHA DO TEMPO.
A chegada de casos confirmados de moradores da Baixada Santista infectados com o novo coronavírus começaram a ser registrados durante o mês de março. Poucos dias antes do primeiro exame atestar um resultado positivo, os nove prefeitos da Região decidiram utilizar o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) como uma forma de unir os chefes do Executivo e coordenar ações da saúde.

Em uma reunião ocorrida no dia 16 de março, os prefeitos de Santos, Praia Grande, Guarujá, Cubatão, Itanhaém, Peruíbe, Mongaguá, Bertioga e a vice-prefeita de São Vicente se reuniram no Paço Municipal de Santos e anunciaram à imprensa e ao público, todos juntos, que a Baixada Santista fecharia as portas no dia seguinte, 17, para tentar conter o avanço do vírus entre as nove cidades.

No dia 20 do mesmo mês, a Vigilância Epidemiológica de Peruíbe informou que no início da manhã que havia recebido o primeiro caso confirmado do coronavírus (COVID-19) no município e, por consequência, o primeiro caso de Covid-19 confirmado na Baixada Santista. Atualmente, as nove cidades somam mais de 54 mil pessoas infectadas, um dado que as coloca a frente de países inteiros como Suíça, Gana, Paraguai e Austrália.

O primeiro óbito registrado na Baixada foi acompanhado imediatamente no mesmo dia do segundo caso de vítima fatal. As informações divulgadas pela Secretaria de Saúde de Praia Grande informaram que uma idosa de 84 anos de idade e um homem de 59 faleceram e seus exames testaram como positivo para a covid-19, confirmando que os óbitos ocorreram devido à doença que já matou quase 1 milhão de pessoas em todo o planeta.

Durante a última quinzena de maio, o Governo João Doria iniciou uma classificação das regiões do Estado de São Paulo por cores, na qual os municípios incluídos na chamada Zona Vermelha ocupariam a área numa fase de isolamento social mais rígida possível, onde apenas os serviços considerados essenciais poderiam funcionar. A Baixada Santista, junto com a Grande São Paulo e o Vale do Ribeira figuraram como as três regiões consideradas em estado mais grave, especialmente devido às taxas de ocupação de leitos de UTIs dedicados a pessoas infectadas com o novo coronavírus.

Apesar disso, as autoridades caiçaras negociaram por semanas a reclassificação da Baixada Santista para a fase laranja diretamente com as autoridades sanitárias do Estado. Em meio a protestos de empresários em passeatas que reuniram grande número de automóveis e mesmo enquanto os números de casos subiam, os nove prefeitos conseguiram reverter a situação e começaram a reabertura do comércio que agora se encaminha para a fase amarela. Atualmente, todo o Estado se encontra nesta situação.

 

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