26 de Abril de 2024 • 16:38
Durante palestra, ocorrida na última terça-feira (26) para médicos da Secretaria de Saúde Pública (Sesap), o médico da Vigilância Epidemiológica do Estado, Flávio Farias, fez um alerta para o risco de uma epidemia de dengue tipo 4. Segundo o especialista no assunto, o motivo poderá ser a falta de anticorpos na população contra o vírus novo da doença. Na ocasião, foram abordadas procedimentos para que os casos sejam logo identificados e tratados, evitando novas contaminações e evolução para quadros graves ou de morte.
Cerca de 20 médicos das unidades municipais de saúde participaram da atualização, que também envolve mais de 900 funcionários da rede municipal. A ação tem como objetivo reciclar conhecimentos e fazer um alerta sobre a necessidade de atenção aos sintomas da doença, minimizando os riscos de um diagnóstico tardio.
Durante a palestra, o médico Flávio Farias destacou a importância da organização das ações a serem adotadas pelas equipes. “Seguindo procedimentos básicos, é possível triar os pacientes e classificá-los rapidamente, segundo grau de risco, para que se priorize o atendimento dos casos mais críticos, tornando as ações mais eficazes”.
Para o médico Carlos Alberto dos Santos Gomes, que atua na Unidade de Saúde da Família (USAFA) Tupiry, a palestra trouxe pontos importantes a respeito da conduta de atendimento à pacientes com suspeita de dengue. “É muito importante para nós, profissionais de saúde, essa troca de ideias. Atentei bastante para a importância da comunicação com o paciente, da qualidade do atendimento. Uma pessoa que está com dengue e recebe orientação de hidratação, por exemplo, pode não entender o que significa ingerir muito líquido. Mas quando isso vem prescrito, com quantidade e horários, o resultado tende a ser muito melhor”, destacou.
A médica Leila Prieto, da Vigilancia Epidemiológica de Praia Grande, enfatizou o trabalho de estruturação da Sesap para uma epidemia. “O aumento no número de casos esse ano é inevitável, e está sendo esperado não apenas em Praia Grande, mas em todo o Estado. O Município está se estruturando para isso, tanto na capacitação de seus profissionais quanto na aquisição de materiais necessários”, afirmou.
Ações
Desde de 2012, Praia Grande vem se preparando para combater o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. Além de quatro novos veículos, entregues na última terça-feira (26), foram adquiridas máquinas para nebulização e roupas especiais. Nos dias 21 e 22 de fevereiro, o Município realizou um mutirão, envolvendo mais de 100 servidores municipais, com caminhões, retroescavadeiras e outros veículos pesados, que percorreram os bairros Caieras, Quietude e Esmeralda. Foram recolhidos mais de 210 toneladas de materiais inservíveis e mais de 2.500 residências foram visitadas em busca de focos do mosquito.
No momento, Praia Grande contabiliza 101 casos confirmados de dengue, situação que é considerada sob controle. Em 2010, ano epidêmico em todo o País, até o dia 18 de fevereiro, a Cidade já contava com 1.000 casos. Mesmo não tendo um número atual elevado, a conduta da Secretaria de Saúde Pública é agir de forma preventiva.
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