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Saúde

Infectologista alerta sobre os cuidados com a saúde durante viagens de verão

Lavar sempre as mãos com água e sabão, usar protetores solares e ter sempre um kit com os principais medicamentos são algumas dicas para não ser surpreendido

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 27/11/2013 às 18:37

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Dados do The Lancet mostram que de cada 100 mil viajantes para áreas em desenvolvimento, 50 mil terão algum problema de saúde. Destes, cinco mil ficam acamados e 300 precisam ser internados; 50 precisam de resgate aéreo e um acaba falecendo. A maior causa de mortalidade (62%) está relacionada a problemas cardiovasculares; já as doenças mais comuns são diarreias, febre alta, lesões cutâneas e DSTs.

E engana-se quem pensa que esta preocupação é exclusividade de quem viaja para o exterior ou para destinos exóticos. Dependendo da região do Brasil, doenças diferentes podem ser adquiridas.

“Muitos viajantes sabem da importância de se praticar a medicina preventiva antes de viajar, porém se limitam a pesquisar no ‘Google’ para obter orientações”, afirma Maria Lavinea Figueiredo, infectologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica. Ela explica que a chamada Medicina do Viajante é uma especialidade interdisciplinar que lida com a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas às viagens, levando em conta informações como o destino da viagem, itinerário, tempo de estadia, tipo de viagem (negócios, lazer, missão etc), histórico de saúde e de vacinação.

“Com esses dados é possível traçar um programa preventivo, que leva em consideração as doenças prevalentes no destino, eventuais problemas que possam estar acontecendo naquele lugar, além de características do viajante, como fatores de risco para doenças e risco de exacerbação daquelas já existentes”, afirma ela. Após esta análise, o viajante recebe orientações que incluem cuidados com animais e mosquitos, com temperaturas extremas, ingestão de água, de alimentos e a prescrição de vacinas ou medicações, se indicado.

De cada 100 mil viajantes para áreas em desenvolvimento, 50 mil terão algum problema de saúde (Foto: Matheus Tagé/DL)

A infectologista lembra que, para uma viagem segura, é preciso ter total conhecimento das patologias naquele determinado local, se é uma localidade urbana ou rural, qual o meio de transporte a ser utilizado, período do ano em que a viagem será feita, como estará o tempo e o tipo de turismo. “Um roteiro de aventura requer ainda mais cuidados, uma vez que será feito na mata, montanha ou no mar”, lembra a médica. Todos estes dados servem de base para que o viajante tome as vacinas adequadas e se proteja.

“Embora todos se lembrem de checar o automóvel antes de cair na estrada, ainda não é rotina procurar atendimento médico antes de viajar”, afirma a Dra. Maria Lavinea. Ela informa ainda que, após o retorno, o ideal é que pessoas que apresentem algum problema de saúde informem ao médico sobre suas viagens nos últimos meses, mesmo que curtas e para destinos próximos. Quem voltou sem sintomas, dependendo do tempo de viagem e do destino, deve ter sua saúde novamente avaliada, com um olhar específico para problemas que possam ter sido adquiridos na viagem.

Seguem abaixo algumas dicas para o viajante:

Lavar sempre as mãos com água e sabão;

Em regiões de clima quente, lembre-se de usar protetores solares, chapéus e do uso de roupas leves;

Usar sempre preservativos, prevenindo as doenças sexualmente transmissíveis, incluído AIDS e hepatites. Não compartilhar seringas;

Pacientes diabéticos, hipertensos, cardiopatas, pneumopatas e todos que fizerem uso crônico de quaisquer tratamento DEVEM LEVAR CONSIGO as respectivas medicações em suas caixas originais. Para viagens internacionais, devem portar as receitas assinadas por médico, com os nomes genéricos traduzidos para o Inglês, em caso de viagens internacionais. Se fizer uso de medicações injetáveis, levar uma justificativa (em inglês) assinada por seu médico;

Não andar descalço; evitar nadar em lagoas e pequenos córregos de água parada, evitando doenças como esquistossomose, além de acidentes com animais aquáticos;

Não nadar ou pescar sozinho. Afogamento é causa importante de morte entre turistas. Evitar bebidas alcoólicas e checar bem seus equipamentos, pode evitar problemas;

Os animais, vivos ou mortos, devem ser evitados devido o risco de transmitirem doenças como a raiva e outras. Caso aconteça algum acidente com animais, o mais correto é procurar atendimento médico imediato;

Em caso de febre, lesões de pele, diarreia ou quaisquer anormalidades procure atendimento médico no seu retorno.

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