Saúde

Infartos aumentam 30% no inverno, alerta diretor do Incor

O cardiologista reforça que a vacinação contra a gripe tem papel importante na diminuição dos infartos cardíacos

Agência Brasil

Publicado em 21/06/2016 às 04:30

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Os infartos – bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo do coração – aumentam 30% durante / Divulgação

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Os infartos – bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo do coração – aumentam 30% durante o inverno, com temperaturas médias abaixo de 14ºC, em comparação com o verão. O alerta é do professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Antônio Machado César, diretor da Unidade de Doença Coronária Crônica do Instituto do Coração (Incor).

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De acordo com o cardiologista, sobretudo pessoas com doenças cardíacas, diabetes, ou hipertensão devem se proteger do frio e de grandes contrastes de temperatura. Segundo Machado César, há três razões principais para o aumento dos ataques cardíacos no inverno: elevação das infecções respiratórias, contração dos vasos sanguíneos e maior produção de substâncias pelo fígado que favorecem a formação de coágulos.

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“Com infecção respiratória, quem tem doença coronária tem mais chance de ter uma ruptura de uma placa de gordura, e ter um infarto. E, no frio, costuma-se ter mais os vasos contraídos, e ocorrer espasmos nas artérias. E se tiver uma placa em uma artéria coronária [do coração] que tiver um espasmo, pode romper a placa e levar a um infarto”, destaca o professor.

Vacinação contra gripe

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O cardiologista reforça que a vacinação contra a gripe tem papel importante na diminuição dos infartos cardíacos.

“Por isso, quando se vacinam as populações contra a gripe, o idoso é prioridade, porque a medida reduz a taxa de infarto na população idosa. Uma inflamação por causa de uma infecção grave, como a gripe, tendo ou não pneumonia associada, é um motivo para ter infarto.”

Além dos três motivos apontados pelo professor, regiões em que há concentração de poluição, como a capital paulista, têm um fator a mais que favorece o surgimento de  complicações cardíacas. “No caso de São Paulo, tem a poluição que aumenta. E existe uma relação: mais poluição, mais infarto", ressalta.

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Além do aumento de casos de infarto, o cardiologista alerta que estudos indicam ainda que o frio pode fazer elevar a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame.

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