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Saúde

Europa proíbe importação de peixes brasileiros por ‘falta de higiene’

Um relatório elaborado por técnicos da UE apontou falta de higiene em embarcações, rastreabilidade ineficiente dos produtos e falhas na refrigeração.

Nilson Regalado

Publicado em 08/01/2018 às 18:20

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Relatório internacional apontou falhas de refrigeração e armazenamento dos peixes no Brasil. / Rodrigo Montaldi

A importação de peixes, moluscos e crustáceos produzidos em cativeiro no Brasil ou capturados por barcos brasileiros está proibida desde a última quarta-feira em todos os países que integram a União Europeia (UE). A decisão reflete a desconfiança dos europeus em relação à capacidade do Brasil de fiscalizar a manipulação do pescado. Um relatório elaborado por técnicos da UE apontou falta de higiene em embarcações, rastreabilidade ineficiente dos produtos e falhas na refrigeração.

Em setembro, a UE enviou missão veterinária para inspecionar frigoríficos, terminais pesqueiros e criações de peixe sob fiscalização do Serviço de Inspeção Federal após os escândalos relativos à Operação Carne Fraca. E os técnicos do Velho Continente constataram falta de rigor na fiscalização governamental nos estabelecimentos até então habilitados a exportar.

O temor dos produtores e exportadores é que a decisão da União Europeia provoque o fechamento de outros mercados e a suspensão de tratativas para abertura de espaço com novos parceiros comerciais. Só a aquicultura movimenta perto de R$ 4 bilhões por ano e emprega 1 milhão de pessoas, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura.

Em agosto, os Estados Unidos já haviam anunciado embargo à carne bovina brasileira por razões semelhantes às apontadas agora pela UE. Em dezembro, foi a vez da Rússia suspender a importação de suínos do Brasil após detectar um hormônio de crescimento proibido em amostras de carne.

Os peixes congelados, frescos ou resfriados ocuparam a 140ª posição na pauta de exportações do Brasil em novembro de 2017, com faturamento de R$ 12 milhões 600 mil, o que representou 0,08% das vendas externas, mas o setor cresceu 30,82% na comparação com novembro de 2016.

No mesmo mês, o País também exportou outros R$ 8 milhões 390 mil em lagostas congeladas e mais R$ 232 mil em camarões congelados, com crescimento de 33,39% nas vendas externas na comparação com 2016, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Depois da extinção do Ministério da Pesca e Aquicultura, o governo Temer transferiu a Secretaria da Pesca para o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços para agradar o PRB, partido da base aliada que comanda a pasta. A medida foi criticada pelo setor e derrubada pelo Congresso Nacional, obrigando Temer a voltar atrás, mas o estrago já estava feito...

‘Plante...

A falta de políticas públicas eficientes no gerenciamento das safras pode provocar uma nova gangorra nos preços do feijão em 2018. Isso porque o grão colhido em 2017 sequer foi totalmente escoado e já começou uma nova colheita nesta virada de ano. Resultado: há quem aposte em preços na porteira da fazenda abaixo do valor mínimo fixado pelo governo.

...que o João garante’!

E um eventual prejuízo pode provocar desinteresse no plantio do feijão nas outras duas safras a serem colhidas em 2018. Diante do risco de novos picos de preço no varejo por falta do grão, como aconteceu em 2016, o Instituto Brasileiro do Feijão já pediu providências ao Ministério da Agricultura. Resumo: os produtores querem que o governo compre e estoque feijão.

Trump processado pela...

Criticamente ameaçada de extinção, a vaquita, um pequeno golfinho também conhecido como toninha ou boto do Golfo da Califórnia, colocou ONGs ambientalistas em rota de colisão com o governo Trump.

...salvação dos golfinhos

O Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, o Centro de Diversidade Biológica e o Instituto Bem-Estar Animal processaram Trump para obrigá-lo a coibir a pesca ilegal no Golfo da Califórnia. Restam só 30 vaquitas no mar.

Filosofia do campo:

“Assim como os três reis magos que seguiram a estrela guia/A bandeira do Divino segue em frente, atrás de melhores dias/No estandarte vai escrito que Ele voltará de novo/E o Rei será bendito, ele nascerá do povo, ai, ai”, Ivan Lins, compositor carioca, in ‘Bandeira do Divino’.

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