Entretanto, antes de começar procedimento, é preciso avaliar o quadro clínico da paciente / RODRIGO MONTALDI/ARQUIVO DIARIO DO LITORAL
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O câncer de mama é o que mais afeta mulheres no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 30% dos novos cânceres entre mulheres neste ano será deste tipo. Essas pacientes terão de passar por um tratamento oncológico, que pode ter como consequência a infertilidade.
Especialistas confirmam que a fertilidade pode ser afetada ao longo do processo. Isso porque medicamentos e terapias comuns em casos de câncer podem danificar os óvulos.
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Entretanto, a boa notícia para este Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a doença na mama, é que existem alternativas para buscar a cura da doença, mantendo o sonho da maternidade vivo.
Uma das opções é o congelamento de óvulos e embriões. "Este procedimento deve ser feito antes da terapia, ou seja, de o tratamento do câncer ser iniciado", explica o médico Condermar Marcondes, especialista em reprodução humana.
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A técnica, entretanto, exige alguns cuidados. Condesmar diz que a coleta deve ser posterior ao estímulo ovariano controlado. O procedimento pode levar três semanas.
Entretanto, antes de se começar este procedimento, é preciso avaliar o quadro clínico da paciente. Isso porque as altas doses de hormônios, necessárias para o estímulo ovariano, podem gerar crescimento de tumores sensíveis, inclusive o de mama.
Por isso, este tipo de estímulo ovariano é aconselhado apenas para mulheres que não tenham tumores sensíveis a hormônios e quando o tratamento do câncer não começa imediatamente após a descoberta da patologia.
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Para casos como estes, o indicado é adotar procedimentos diferentes, com estímulo ovariano modificado. Este tratamento dura até 12 dias.
Além destas, o médico pode indicar outras técnicas para manter a fertilidade da paciente. "Entre outras alternativas, é possível efetuar também congelamento de tecido ovariano ou tentar transposição dos ovários. No entanto, cada caso deve ser estudado, para que o profissional indique o caminho com menor risco para a mulher e maior probabilidade de sucesso posterior ao tratamento oncológico", ressalta Condesmar.