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Saúde

Diabetes juvenil nas escolas: orientar e prevenir

Especialistas alertam para a orientação e prevenção no ambiente escolar. Diabetes Mellitus do Tipo 1 é o mais frequente da doença entre crianças e adolescentes

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/01/2014 às 21:40

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Falta de orientação e treinamento de professores e funcionários de escolas podem contribuir para a não aceitação de alunos diabéticos. Médicos alertam para necessidade de identificação de crises de descompensação diabética e como proceder em casos de emergência.

“O ideal seria um entendimento sobre o Diabetes, quais os cuidados necessários com a criança diabética, entrar em contato com a família para saber os horários dos controles e da aplicação da insulina, como se deve proceder diante de uma emergência”, alerta a Dra. Cristiane Kochi, pediatra e especialista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

O  Diabetes mais frequente entre as crianças e adolescentes é o Mellitus do Tipo 1. Nestes pacientes, ocorre lesão das células pancreáticas produtoras de insulina, por um processo autoimune. Como consequência desta menor produção de insulina, há um aumento dos níveis sanguíneos de glicose, a chamada hiperglicemia, cujos sintomas podem apresentar poliúria e polidipsia (urinar muito e beber muita água), emagrecimento, cansaço e visão embaçada.

“Os membros da escola devem ter conhecimentos básicos sobre a doença e reconhecer os sintomas de hipoglicemia (açúcar baixo no sangue) ou hiperglicemia (açúcar alto no sangue) e qual o procedimento a ser adotado nessas situações. O ideal seria que tivesse um profissional habilitado a reconhecer e tomar as medidas adequadas nessas situações. A alimentação na escola deve ser saudável e equilibrada e a instituição de ensino  deve ter atitudes positivas em relação à doença e colaborar na integração social do aluno portador de diabetes”, explica a Dra. Regina Célia M. Santiago Moisés, especialista em Diabetes da SBEM-SP.

O  Diabetes mais frequente entre as crianças e adolescentes é o Mellitus do Tipo 1 (Foto: Divulgação)

Na iminência de uma crise, a primeira ação é tentar identificar se  é hipoglicêmica, quando a criança apresenta suor frio, fome, irritabilidade, batedeira no peito, alteração do comportamento com confusão mental. Nessa situação, se a criança estiver consciente, oferecer um copo de suco, água com açúcar ou mesmo suco com açúcar. Se estiver inconsciente, deve-se acionar imediatamente o serviço de emergência médica.

Se a criança estiver com hiperglicemia ela pode apresentar maior frequência da diurese (vai urinar mais vezes), pedir muita água e, eventualmente, iniciar quadro de vômitos e confusão mental. Na ausência de vômito, oferecer água para mantê-la hidratada. Se estiver inconsciente, deve-se acionar imediatamente o serviço de emergência médica. Nessas duas situações, mesmo que já resolvidas, a criança não pode sair sozinha da escola, os pais ou responsáveis devem ser notificados.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Diabetes Mellitus afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que, até 2025, este número será de 380 milhões. Dentre estes pacientes, aproximadamente 10% são diabéticos do tipo 1, ou seja,  dependentes de aplicações de várias doses diárias de insulina para controlar adequadamente seus níveis glicêmicos.

O Diabetes Mellitus do Tipo 1 ainda não tem cura, mas com o tratamento adequado, mantendo os níveis glicêmicos mais próximos possíveis do normal, pode-se prevenir as complicações da doença.

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