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Saúde

Dados da OMS mostram que casos de malária caíram 47% em todo o mundo

Globalmente, ocorreram 198 milhões de casos de malária e 584 mil mortes no ano passado - respetivamente 4,3% e 6,9% menos que em 2012 -, com 90% das mortes na África

Publicado em 09/12/2014 às 12:56

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O número de pessoas mortas pela malária (paludismo) caiu quase metade entre 2000 e 2013, informou, hoje (9), a Organização Mundial da Saúde (OMS), no momento em que se enfrenta o maior surto do vírus ebola na África Ocidental.

Entre 2000 e 2013, a taxa de mortalidade relacionada como o paludismo diminuiu 47% em todo o mundo e 54% na África, segundo o relatório anual da OMS, o que permitiu salvar o equivalente a 4,3 milhões de vidas.

“Esses são os melhores resultados que já tivemos e é uma notícia maravilhosa em termos de saúde pública”, disse, em Genebra, o diretor do programa mundial da OMS contra a malária.

Globalmente, ocorreram 198 milhões de casos de malária e 584 mil mortes no ano passado - respetivamente 4,3% e 6,9% menos que em 2012 -, com 90% das mortes na África. As crianças com menos de cinco anos constituem 78% dessas vítimas.

Esse declínio dos casos, na África, explica-se nomeadamente pelas medidas de prevenção mais bem aplicadas, sendo que cerca da metade da população em risco, em 2013, teve acesso a mosquiteiros impregnados de inseticida. Em 2004, somente 3% desta população tinha acesso a essa medida de prevenção.


O número de pessoas mortas pela malária (paludismo) caiu quase metade entre 2000 e 2013 (Foto: Divulgação)

O aumento dos testes de diagnóstico permitiu a identificação de 62% dos pacientes suspeitos de terem paludismo, com 128 milhões de testes distribuídos na África, em 2013,  pela OMS.
A organização conseguiu US$ 2,7 bilhões por meio de financiamentos nacionais e internacionais, pouco mais de metade do que necessitava para as metas fixadas. Muitas pessoas ainda não se beneficiaram da assistência da OMS.

“Estimamos que 278 milhões de pessoas na África, vivem em casas com mosquiteiros impregnados com o inseticida e quase 15 milhões de grávidas não têm acesso ao tratamento preventivo”, disse Margaret Chang, diretora-geral da OMS.

No relatório, a OMS informa que a pobreza e o baixo nível de educação são fatores determinantes para que falte o acesso aos serviços básicos.

A entidade está preocupada, igualmente, com a propagação do vírus ebola, um forte desestabilizador dos sistemas de saúde, sobretudo na Guiné-Conacri, em Serra Leoa e na Libéria, que ficam privados de certos tratamentos, como a malária, por estarem sobrecarregados devido ao ebola. A malária mata 100 vezes mais que o ebola, que já provocou a morte de 6.331 pessoas, segundo o último balanço da OMS, em 6 de dezembro.

Para a diretora-geral da OMS, “reforçar os sistemas de saúde destabilizados beneficiará a saúde pública mundial, devendo-se concentrar os esforços no controle e na eliminação do paludismo”. O relatório de 2014 sobre a malária no mundo resume as informações de 97 países onde a doença ainda prevalece.

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