Saúde

Como a saúde mental ajuda a combater o coronavírus

Em tempos de isolamento social e incertezas, a pesquisadora Ana Tomazelli dá dicas para manter o pensamento positivo e a imunidade em alta para evitar doenças mentais

Da Reportagem

Publicado em 21/03/2020 às 14:00

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A pesquisadora Ana Tomazelli, fundadora do IPEFEM. / Divulgação

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Fakenews, isolamento, medo pela própria vida, da família, preocupação com as contas e incertezas. A Covid-19 colocou o mundo em um estado de alerta que supera apenas o medo de contaminação, mas nos coloca em risco para outras doenças, as psicológicas.

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 No dia 18 de março, a Organização Mundial da Saúde lançou um guia para a população enfrentar as consequências psicológicas e mentais do novo coronavírus. Especialistas no mundo todo falam sobre como a experiência do isolamento pode ser especialmente perturbadora, especialmente na era da informação, quando notícias reais e fakenews chegam a todo o momento na palma de nossas mãos.

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Como administrar os nossos sentimentos de forma que não afetem a nossa saúde física e mental?

Talvez a principal dica seja controlar o medo, mas como? Daniel Kahneman é psicólogo e um dos maiores especialistas sobre economia comportamental, tanto que foi reconhecido, em 2002, com o Prêmio Nobel de Economia. Autor do livro “Rápido e Devagar”, Kahneman explica os dois sistemas que dirigem a maneira como pensamos. O sistema 1 é rápido, intuitivo e emocional, já o sistema 2 é mais lento, deliberativo e lógico.

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Em outras palavras, o sistema 1 é que toma decisões rápidas para garantir nossa sobrevivência desde o tempo das cavernas e o sistema 2 é aquele que nos faz parar pra pensar diante de um desafio. “O medo está alocado neste primeiro sistema que toma a decisão rápida para sobreviver. O problema é que na sociedade contemporânea, sobreviver é algo que contempla muitas variáveis. Deixou de ser a manutenção da vida física e passou a ser uma sobrevivência moral, social, patrimonial, reputacional, e assim por diante. Então a gente precisa tomar um pouco de cuidado porque, sim, vamos nos mover no medo, mas o limite desse medo é quando eu conheço e estou ciente de tudo que está ao meu alcance e todas as coisas que eu estou disposta a abrir mão”, explica a pesquisadora Ana Tomazelli, fundadora do IPEFEM, Instituto de Pesquisas e Estudos do Feminino. Ana é formada em jornalismo e tem 20 anos de carreira na área de RH, liderando reestruturações de Recursos Humanos dentro e fora do país. Em 2018, em uma transição de carreira, passou a se dedicar às questões educativas e terapêuticas relacionadas às mulheres. 

“A minha fala é sobre homens e mulheres, mas em algum momento eu preciso afunilar para elas pois, além de ser o foco do meu trabalho, as mulheres, principalmente, têm essa tendência - seja por aprendizados sociais ou de forma inconsciente - de assumir tudo para si e, às vezes, com a fala de que o outro não sabe fazer. Mas, com isso, ela enfraquece o outro ao não dar a chance dele fazer”, explica. 

“Por carregarem uma multiplicidade da carga, isso demanda um estado de alerta constante e o corpo sempre muito alerta não aguenta. A imunidade baixa e, ou eu fico doente ou, quando tudo passar, eu fico internada”, diz.

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Frequência Vibracional

Tudo em nosso universo é composto de energia. Tudo o que pensamos ou fazemos está vibrando em frequências diferentes. Essa frequência influencia diretamente no nosso estado físico. A pesquisadora explica que estudiosos estabeleceram uma tabela de frequência vibracional medida em megahertz (MHz) e, para explicar de uma forma simples, quanto mais baixa a frequência, mais suscetível à doenças estamos. Por exemplo, o nosso corpo deve ficar em uma frequência entre 62 e 78 MHz. A partir de 57 MHz nosso corpo fica suscetível a gripes e resfriados. 

“Quando a gente começa a ver um milhão de notícias, e começa a ter medo, entra em pânico, sente o corpo tremendo e teme pelo futuro, isso traz uma baixa de frequência pro nosso corpo, portanto reduzindo a energia vital. Nosso sistema biológico se enfraquece, a imunidade baixa e eu fico mais suscetível a vírus e bactérias. Vibrar positivo não vai resolver tudo”, esclarece Ana. Mas a pesquisadora explica existem sim algumas atitudes que podemos adotar no nosso dia a dia, principalmente neste período de isolamento, que nos ajudarão a fortalecer o nosso sistema imunológico. Confira:
 
Escolha uma fonte de informação confiável

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As notícias chegam por todos os lados e a todo o momento. Algumas de fontes seguras, outras nem tanto. Por isso é importante escolher pelo menos duas fontes confiáveis e agir conforme orientações dessa fonte, principalmente sobre isolamento e precauções ao coronavírus. Prefira, sempre, as fontes oficiais - ou aquelas que reproduzirem suas diretrizes fielmente.

Filtre as informações

Depois de selecionar por onde você irá se informar sobre a pandemia, filtre o que chega até você. Determine horários e momentos para receber essas informações.

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Respire fundo

Agora que você já controlou de onde vêm as informações oficiais sobre a pandemia e a quantidade de vezes que recebe essas notícias, respire fundo, no mínimo, 10 minutos por dia. “Quando você tem emoções fortes como paixão ou medo, a sua respiração se modifica ou é até mesmo suprimida. Pela respiração conseguimos dar comando para o cérebro”. Por isso é tão importante parar e respirar: além de carregar o corpo com oxigênio, aumentar, em até 30%, a imunidade biológica e a qualidade do sangue que circula em todo o seu sistema.

Mude de assunto

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Da mesma forma que você definiu suas fontes de informação e a quantidade de vezes que irá se informar sobre o assunto, evite ficar o tempo todo falando sobre isso. “O que a gente produz tem uma influência muito grande sobre a nossa saúde mental”, pontua Ana.

Alimentação: quanto mais viva melhor

Para abastecer a sua energia vital e manter a frequência vibracional lá em cima, você precisa se alimentar de forma saudável. “Quanto mais vivo for o alimento, mais energia”, destaca Ana. Isso significa dar preferência aos alimentos crus, de origem vegetal e evitar alimentos de origem animal em excesso, ultraprocessados ou congelados.

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Busque terapias alternativas

Os óleo essenciais têm estrutura química muito semelhante à estrutura das nossas células e tecidos, por isso são capazes de compartilhar diversas propriedades com o nosso sangue, ajudando a combater infecções e acelerando a regeneração celular, estimulando a produção de anticorpos, endorfina e outros hormônios e enzimas importantes para o bom funcionamento do corpo. “Os óleos essenciais podem elevar a nossa frequência biológica, seja pelo contato com a pele ou por meio de inalação. Servem como suporte para as emoções e para o corpo físico no meio de tudo isso”, reforça. Mas, atenção: para qualquer terapia, é fundamental buscar profissionais com qualificação adequada.

Divirta-se

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Assistir um filme ou um série, ler um livro. A dica é alimentar a mente com aquilo que te deixa feliz - você sabe o que te faz feliz?

Entenda seus limites

Tenha consciência sobre o que você pode e o que você não pode controlar para não se frustrar. Não podemos (e não devemos) controlar outras pessoas adultas, lembre-se sempre disso.

Busque apoio em grupo

As redes sociais podem, sim, trazer inúmeros benefícios. Criar grupos ou redes de apoio onde você tem espaço de fala também é importante.

A pesquisadora, que coordena três círculos de mulheres, está estruturando, pelo IPEFEM, uma pesquisa que será realizada nos próximos dias e que investigará os impactos emocionais, comportamentais e práticos do Covid-19 especificamente na vida das mulheres. Os dados serão utilizados no desenho de soluções e, além disso, compartilhados com a sociedade para aprendizados coletivos fundamentais até sairmos desse processo. De preferência, melhores do que entramos.

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