Continua depois da publicidade
Entre os dias 25 de fevereiro e 15 deste mês, a Secretaria Municipal de Saúde de Santos envolveu todas as unidades básicas e de saúde da família dos bairros numa ampla campanha de alerta sobre a tuberculose – a data mundial de combate à doença foi celebrada em 24 de março. No período, após centenas de entrevistas de busca-ativa, foram colhidos 353 exames de sintomáticos respiratórios. O número ultrapassou a meta (275) e fez com que a cidade fosse premiada com certificado de reconhecimento ao trabalho, durante evento realizado na segunda-feira pelo Governo do Estado. Na Região, também foram destacados dentro deste critério, Praia Grande e Itanhaém.
Dos exames colhidos, no total 19 pacientes apresentaram a doença e foram encaminhados para tratamento junto ao Programa Municipal de Combate à Tuberculose. A cidade conta também com um Ambulatório de Referência Regional em Tuberculose, ligado à Seção de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, para onde são encaminhados casos de tuberculose multiresistente, que necessitam de atendimento mais especializado.
Tratamento até a cura
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que afeta principalmente os pulmões. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa e é propagada pelo ar. Um doente, sem tratamento, pode infectar de 10 a 15 pessoas por ano. A melhor forma de interromper a cadeia de transmissão é a descoberta precoce dos casos e o tratamento até a cura.
Continua depois da publicidade
Em torno seis meses. Esse o tempo necessário para tratar o paciente, mas cerca de 90% já não transmitem mais a doença ao final do primeiro mês de medicação.
“Alguns pacientes acham que podem parar o tratamento quando os sintomas desaparecem. Mas o tempo mínimo é de seis meses e não pode ser interrompido. Os pacientes tomam a medicação na própria unidade de saúde e com isso é possível darmos um apoio emocional, acompanhar o peso e observar as intercorrências. Apostamos sempre num atendimento humanizado, para que o paciente se sinta acolhido e siga as recomendações até o final”, detalha Vanderleia Cleonice Andreza da Silva, responsável técnica do Programa Municipal.
Continua depois da publicidade
Atendimento diferenciado
O paciente Márcio Roberto dos Santos Rodrigues, 38 anos, foi um dos que persistiu até o final do tratamento e alcançou a cura. Márcio tem síndrome de down e foi encaminhado ao Ambulatório, onde são atendidos casos com mais resistência ou que precisem de cuidado diferenciado, como o dele. “O atendimento foi ótimo. A responsabilidade, a dedicação da equipe, do início ao fim, fizeram toda a diferença. E isso não acontece só com o meu filho, por ser especial. Esse foi o tratamento que vi com todos os pacientes”, garante Marinice dos Santos, mãe de Márcio.
Prevenção
Pessoas que perceberem qualquer sintoma, como tosse, cansaço, perda de apetite e suores noturnos, devem procurar a unidade básica mais próxima de casa. Além disso, para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças já no primeiro mês de vida, com a vacina BCG, disponível na rede pública de saúde. Para combater a tuberculose também é preciso conhecer as informações corretas e quebrar alguns preconceitos. Compartilhar talheres, copos, pratos ou banheiros não forma de transmissão, tampouco beijo e abraço.
Continua depois da publicidade