Saúde

Chegada da dengue tipo 4 é uma questão de tempo

A rápida circulação de pessoas de um estado para outro facilita a transmissão do vírus

Publicado em 24/03/2011 às 14:40

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O sorotipo 4 da dengue que entrou no Brasil pela região norte, já chegou ao Estado do Rio de Janeiro e atingir os demais estados é apenas uma questão de tempo. Basta a pessoa infectada pelo vírus viajar para outras localidades e ser picada pelo mosquito Aedes aegypti. O mosquito contrai o vírus e o transmite ao picar outra pessoa.

Segundo o médico infectologista Ricardo Hayden, a quarta variação da dengue não é mais grave ou menos grave do que os sorotipos 1, 2 e 3. Mas, o especialista explica que ninguém está livre de contrair o vírus 4, nem mesmo pessoas que já tiveram dengue 1, 2 ou 3 estão imunes. “A transmissão (vírus) não é cruzada é por tipo específico”.

Entretanto, Hayden afirma que pode acontecer de uma pessoa que foi infectada recentemente ter uma resposta imunológica maior do que as outras pessoas. Segundo ele, após contrair o vírus, o organismo produz uma taxa de anticorpos alta no sangue que aumenta a resistência contra a doença nos primeiros quatro meses.

Hayden disse que não existe forma mais grave da doença, mas que o tipo 2 registra maior incidência de casos graves, proporcionalmente aos casos de infecção pelas demais variações da dengue.

Hayden esclarece ainda que é preciso estar atento porque existem casos de dengue grave da forma hemorrágica ou não. Hayden orienta que aos primeiros sintomas de febre e dor de cabeça, os pacientes devem procura rapidamente atendimento médico.

Hayden diz que a variação 4 da dengue pode se espalhar rapidamente pelos demais estados brasileiros porque o vírus fica encubado na pessoa infectada e é transmitido ao mosquito que pica essa pessoa. O vírus permanece no sistema digestório do mosquito de seis a oito dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa, o vírus é transmitido. 

O secretário de Saúde de Santos, Odílio Rodrigues Filho, também afirma que a chegada do vírus 4 da dengue à Baixada Santista “é uma questão de tempo por causa da grande mobilidade das pessoas”. Entretanto, a maior preocupação do secretário é com o risco de complicações da doença, principalmente em pacientes que já contraíram dengue, que podem sofrer um quadro mais severo nas reinfecções. Além do fato de a população não ter imunidade contra a nova variação do vírus. “É bastante preocupante”, afirmou Odílio.

Casos clássicos em Santos

Segundo último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Santos, 17 casos de dengue clássica (não grave) foram confirmados e há outros 51 suspeitos, no período de 1º de janeiro a 24 de março.

A secretaria orienta que os pacientes suspeitos procurem à unidade de saúde mais próxima de sua residência para realizar o exame de sorologia para diagnóstico de dengue.

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