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Saúde

As mulheres, a vitamina D e a pandemia

Nos últimos meses, por conta da pandemia, muita gente deixou de realizar exames de rotina por medo da contaminação

Da Reportagem

Publicado em 08/05/2021 às 10:50

Atualizado em 08/05/2021 às 11:06

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Negligenciar a vitamina D pode trazer uma série de problemas / Reprodução

Nos últimos meses, por conta da pandemia, muita gente deixou de realizar exames de rotina por medo da contaminação. No caso das mulheres esta situação pode ser ainda mais grave, se considerarmos especialmente aquelas que já estão na menopausa e com problemas hormonais. Um dos problemas que nasce desta condição é a osteoporose.

“A osteoporose é basicamente uma doença na qual o osso se torna mais rarefeito, mais fraco, devido a uma queda nos depósitos de cálcio na região. É cerca de três vezes mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa. Isso ocorre devido à queda hormonal nesta fase, em especial dos níveis de estradiol, que ajudam a regular os depósitos de cálcio no osso. Trata-se de uma doença silenciosa, que por vezes só é diagnosticada quando ocorre uma fratura óssea espontânea”, explica o médico Nelson Marfil, especialista em Qualidade de Vida e endoscopista da Clínica Endocentro, em Santos.

Segundo ele, uma das principais opções para evitar este problema é a utilização regular de vitamina D.

“A vitamina D é muito importante no metabolismo do cálcio e do fósforo e seus níveis adequados são essenciais. Ocorre, porém, que muitos pacientes têm deficiência de vitamina K2, a menaquinona. Esta vitamina auxilia o cálcio que fica circulando na corrente sanguínea, apoiado pela vitamina D, a ser direcionado para dentro do osso. A carência de K2 pode provocar depósitos errôneos do cálcio em outros locais, como vasos sanguíneos e articulações. Um tratamento para a osteoporose é bastante prolongado e deve utilizar todos os nutrientes importantes para a formação do osso, tais como boro, colágeno, magnésio, glucosamina e condroitina, entre outros”, explica.

 Ainda segundo Nelson Marfil, a vitamina D age de uma forma especial no organismo das mulheres. “São vários efeitos relacionados a esta vitamina, que na verdade é um hormônio. Ela modula mais de 300 genes do nosso código genético, reduzindo as chances de desenvolver câncer; modula e melhora o quadro imunológico; controla o metabolismo do cálcio e fósforo; fortalece o sistema neurológico; e reduz a pressão arterial”.

Negligenciar a vitamina D pode trazer uma série de problemas. “De imediato, a fraqueza óssea, com riscos de fraturas espontâneas, aterosclerose, além de hipertensão, aumentando o risco de AVC’s e doenças cardíacas”, revela.

O médico finaliza deixando uma mensagem para todas as mulheres, principalmente com relação à conscientização quanto à própria saúde. Além de algumas dicas.

“Nunca faça reposição de vitamina D sem acompanhamento médico, um profissional habilitado para tal. O simples banho de sol pode ajudar um pouco no aumento dos estoques; deve-se tomar banho de sol por cerca de 15 a 20 minutos, entre 12 e 15 horas, preferencialmente, com a maior área possível exposta ao sol, sem uso de protetor solar; após o banho de sol, aguarde cerca de uma hora para tomar banho, para favorecer uma boa absorção da D3. Outro detalhe importante é que não se deve tomar sol através de vidros, pois o vidro retém a radiação UVB, responsável pela produção da D3”.

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