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Saúde

Aprenda a prevenir-se contra o HPV

Vírus silencioso é a principal causa do câncer do colo do útero

Publicado em 31/01/2014 às 12:51

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HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano, um vírus capaz de infectar a pele e as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que pelo menos 13 deles tem potencial para causar câncer. A infecção persistente pelo HPV é a principal alteração que pode levar ao câncer do colo do útero, estando presente em mais de 90% dos casos.

“O câncer no colo do útero é um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras e, na maioria das vezes, são totalmente curáveis. Porém, se não tratadas, podem se transformar em câncer. As lesões precursoras, ou o câncer em estágio inicial, não apresentam sinais ou sintomas, mas conforme a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor”, afirma a Dra. Erica Mantelli, ginecologista e obstetra pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).

O câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que em 2014 surjam cerca de 16 mil novos casos.

De acordo com a Dra. Mantelli, a maioria das infecções por HPV é assintomática e de caráter transitório, que regridem espontaneamente. Desta forma, tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Habitualmente, as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões. Estima-se que apenas cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverão alguma forma de manifestação.

Existem duas vacinas disponíveis para a prevenção do HPV: a vacina bivalente e a quadrivalente (Foto: Divulgação)

Segundo a Dra. Mantelli, a infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica. As lesões clínicas se apresentam como verrugas, têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis, bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos. Já as infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal.

Prevenção

A transmissão do vírus HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Desta forma, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Mesmo assim, para evitar o contágio, é essencial utilizar preservativos (camisinha) durante a relação sexual.

O diagnóstico das verrugas anos-genitais pode ser feito por meio do exame clínico. As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais ou do uso de lentes de aumento após a aplicação de reagentes químicos para contraste.

Não há tratamento específico para eliminar o vírus. Apenas o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.

Existem duas vacinas disponíveis para a prevenção do HPV, a vacina bivalente, que protege contra os subtipos 16 e 18, e a vacina quadrivalente, com proteção contra os subtipos 6,11, 16 e 18.

De acordo com a Anvisa essas vacinas podem ser administradas em mulheres de 9 a 26 anos de idade, porém já existem estudos que comprovam eficácia em mulheres com mais de 26 anos.

Ter HPV não significa que a mulher terá câncer de colo de útero, pois a progressão para câncer depende também de outros fatores como genética, uso de anticoncepcional, tabagismo, imunidade, gestação e números de parceiros sexuais.

Para prevenção o ideal é fazer o acompanhamento regular com o ginecologista, realizar exames preventivos (colpocitologia oncótica e colposcopia), relação sexual com preservativo e estar atenta aos sinais que o corpo manifesta quando algo não está bem. 

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