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São Vicente

Praça do Humaitá terá apoio popular

Inaugurada, praça municipal do Humaitá será gerida com participação popular

Lincoln Spada

Publicado em 23/08/2019 às 10:37

Atualizado em 26/08/2019 às 15:33

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Recém-empossado, grupo gestor é formado por membros da Prefeitura, entidades e moradores da Área Continental de São Vicente / Nair Bueno/DL

"Tô acompanhando desde o começo os primeiros alicerces para erguer essa praça, em 2013, e, agora, tenho as melhores das expectativas, de que este centro seja eficaz em abranger todo o Humaitá", sonha a conselheira tutelar Adriana de Andre Pimenta Batista, durante a cerimônia de abertura da Estação Cidadania - Cultura nesta última quinta-feira.

Ao seu lado estava uma das fundadoras do bairro, Wilma Reis Lopes de Melo, que, noutros anos era reticente com a nova obra, "hoje espero que seja cumprida toda a programação do local, com oficinas e eventos, despertando o interesse da população". Ambas estavam com outras dezenas de munícipes que participarão do conselho gestor do local, bem na Rua Rua Nivaldo Leite da Silva (Rua 58), junto de membros da Prefeitura e de entidades. 
"Espero que as crianças que aqui já crescem e se divertem (mais de 30 corriam do playground à pista de skate) se tornem futuros professores, médicos e, principalmente, cidadãos", destaca o prefeito Pedro Gouvêa. Junto dos populares, ele visitou os 3 mil m² da praça também com o deputado estadual Caio França, e membros do Ministério da Cidadania, o secretário especial adjunto do Esporte, Marco Aurélio Araújo e o secretário de Difusão e Infraestrutura Cultural, Paulo Nakamura, entre outras autoridades. 
Na solenidade, ressaltou o trabalho do secretário de Cultura, Fabio Lopez e dois de seus servidores, Lua Marina e Renato Augusto. Enquanto Lua foi convidada para iniciar um projeto de revitalização do Mercado Municipal como centro cultural, Renato coordenará a Estação da Área Continental.

Futura programação

Renato antecipa que já na próxima semana será divulgado o cronograma de inscrições e atividades da estação. Por exemplo, a Associação do Idoso, da Criança e do Adolescente levará cursos de artesanato e artes plásticas para o local que já conta com Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), e também terá cursos de inclusão digital, capoeira, futebol e artes marciais. 

Ainda, receberá ações do Time do Emprego, programa estadual que orienta interessados para qualificação profissional. Mais, a Estação Cidadania - Cultura conta com pista de caminhada, equipamentos de ginástica, biblioteca com 2,5 mil livros, telecentro, salas multiuso e um cineauditório de 60 lugares. 

Apesar de estar ladeada por um terreno vazio, o prefeito garantiu que não gradeará o equipamento. Afinal, R$ 2 milhões é o total de investimentos que a Caixa Econômica Federal autorizou neste mês para que a Prefeitura inicie a construção de um complexo poliesportivo ao lado da estação. 

A Estação sofre como todo programa governamental: é rebatizado a cada novo padrinho político. Na Era Lula, em 2010, foi criado como Praça do PAC, já na gestão de Dilma, foi renomeado como CEU - Centro de Artes e Esportes Unificados. Já no governo Bolsonaro, desde maio foi atribuído o atual nome. Durante esses anos, outras 200 unidades foram inauguradas pelo País. Em São Vicente, o investimento federal foi de R$ 2,02 mi e mais R$ 180 mil de contrapartida municipal. 

Desafios comuns

Entre os principais desafios apresentados para a gestão de praças similares, há o envolvimento da comunidade com o espaço, ora por parte do grupo gestor, ora por atrair iniciativas locais para apresentações ou ações formativas. 

Embora haja aulas de zumba, capoeira e sessões de cinema, como também grande uso dos vizinhos no ginásio, em Várzea Paulista "existem grupos de dança, de teatro e ersas manifestações culturais, porém, o número de procura por eles é abaixo da média para ocupar o CEU", comenta o diretor municipal de de unidades culturais, Bruno Rodrigo Fonseca da Silva sobre o espaço existente há três anos.

Trata-se do mesmo período em que existe o CEU de Jundiaí, onde, segundo a coordenadora Cevalli Lepore, quando houve troca de mandatos municipais, é comum uma resistência inicial da comunidade, principalmente do grupo gestor. 

Ter reuniões mensais e um grupo virtual entre os membros, além de propor eventos solidários ou confraternizações em datas comemorativas estimula o engajamento do grupo gestor e do bairro. Uma iniciativa diferente da praça é ali ter um polo de Ensino de Jovens e Adultos, fruto de, após anos, as pastas municipais estarem integradas na programação do local.

Organização Social

Já em Osasco, as duas praças CEUs são geridas pelo Instituto Morgan via convênio com a administração municipal. Ao todo, são 33 cursos culturais e esportivos oferecidos gratuitamente à população, da zumba até instrumentos de sopros. Em cada unidade, há 1,7 mil matriculados nas atividades. 

Segundo a coordenadora administrativa, Rafaela Garcia Mariano, um diferencial nos fins de semana, é "um espaço aconchegante para a convivência familiar, o Espaço Brincar, com jogos, brinquedos, desenhos e programas educativos estimulando o diálogo e o contato entre crianças e seus responsáveis", além do movimento #HipHopCEU, de vivências urbanas entre os participantes.

Mais praças

Outras três praças similares foram previstas noutros municípios da Baixada Santista. O CEU Milton Alexandre Jesus, no Jardim Nova República (Cubatão) iniciou as atividades em 2018. Atualmente, além do CRAS, há cursos de informática e, ministrados por voluntários, de capoeira e ritmos, além de eventos comunitários realizados por instituições religiosas.

No Jardim Oásis (Itanhaém), o CEU Orlando Mosca Diz foi aberto no mesmo ano, gerido pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes. Ali, há oficinas de canto coral, dança de rua, escolinhas de capoeira, basquete, judô e futsal, realizadas pela secretaria e associações parceiras. 

Em Santos, a inauguração na Praça da Paz Universal está prevista para 21 de novembro. Por sua vez, terá as dimensões de 7 mil m²: nessas proporções, o modelo prevê um edifício maior, com cineteatro de 125 lugares, além de mais uma quadra de areia e jogos de mesa. Assim, a Prefeitura de Santos estima atender mil munícipes por dia.

Em setembro, nova Praça 22 de Janeiro

Acervos de memórias e artes voltarão a estar abertos ao público de São Vicente na Praça 22 de Janeiro. É que, segundo o secretário de Cultura, Fabio Lopez, tanto o Centro Multimídia (antigo Cine 3D), quanto a Casa Martim Afonso já estão programados a retornarem as atividades no próximo mês.

Fechado desde 2013, o novo centro reformado contará com cineauditório de 84 lugares, galeria para exposições e cursos, entre eles, artes cênicas e plásticas, a partir de parcerias entre Prefeituras e instituições.

Já a Casa Martim Afonso, que iniciou a sua reforma há um ano contou com obras que fizeram a pintura externa e interna do casarão, a recuperação elétrica e ampliação do telhado para proteção da parede histórica, entre outros serviços.

A casa que homenageia o fundador da cidade abriga também o Centro de Documentação e Memória de São Vicente e o sítio arqueológico Bacharel, com pesquisas expositivas sobre sambaquis e a ocupação indígena.  

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