Área Continental de São Vicente possui mais de 110 mil habitantes; ainda há ruas sem asfalto e com esgoto a céu aberto / Arquivo/DL
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O crescimento populacional da Área Continental de São Vicente, cujo acesso se dá via Ponte dos Barreiros ou pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, pelos municípios de Cubatão e Praia Grande, não foi acompanhado pelo desenvolvimento. Escolas e unidades de saúde não são suficientes para atender a demanda. Ainda há ruas sem asfalto e com esgoto a céu aberto. O transporte público, feito por lotações e ônibus metropolitanos, deixa a desejar. Em meio às promessas feitas a cada quatro anos durante o período eleitoral, os moradores daquela região, com mais de 110 mil habitantes, têm esperança de dias melhores.
“A Área Continental já foi pior, mas ainda precisa de muita coisa. Precisa urgentemente de um hospital. É primordial. Faltam escolas também e área de esporte e lazer para tirar a molecada da rua. Na verdade a Área Continental cresceu mais do que fizeram”, disse o aposentado Marco Antonio, que mora há 26 anos no bairro Jardim Rio Branco. 7
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O marceneiro aposentado, que lembra com saudosismo a época em que mudou para Área Continental, ressalta as promessas feitas pelos políticos ao longo dos anos. “Antigamente a gente vinha para cá de trem. O transporte não está muito bom, mas já melhorou. Precisa é mudar a lei na parte política. O cara que prometeu e não fez sai fora. Eles sempre prometem, mas não cumprem”, disse. “Tenho esperança que as coisas melhorem com o próximo prefeito. Tem como piorar?”, questionou.
Sara dos Santos Vieira, que está desempregada, também tem esperança de que o sonhado desenvolvimento chegue a Área Continental. A moradora do Jardim Rio Branco destacou a falta de infraestrutura nos bairros. “É preciso que arrumem as ruas. Muita rua sem asfalto e sem esgoto. Mas não é só isso. Poderia ter mais creche e escolas e de período integral para as mães poderem trabalhar, principalmente aquelas que não têm onde deixar as crianças”, afirmou.
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O transporte público também foi destacado por Sara. “Precisa melhorar o serviço das vans. Tem bairro que não tem direito. Como estou desempregada, acho que o próximo prefeito também poderia pensar na questão do trabalho. Mesmo com tanta coisa ruim eu acredito que vai melhorar”, afirmou.
O motorista Elias Marques dos Santos, de 33 anos, disse que a região precisa de mais saúde e segurança. “Não temos hospital e as unidades de saúde são poucas para atender todo mundo. A falta de segurança também é um problema grande aqui. Moro no Samaritá e lá o transporte público é muito ruim. Tenho fé que com o novo prefeito possa surgir coisas melhores, porque estamos sofrendo há mais de 400 anos”, afirmou.
Eleições
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São Vicente conta com nove candidatos a prefeito: Alfredo Martins (PT), Davi Morgado (PSC), Fernando Bispo (PR), Junior Bozzella (PSD), Kayo Amado (Rede), Luciano Batista (PTB), Marcelo Omena (PCO), Paulinho Alfaiate (SD) e Pedro Gouvêa (PMDB). Nesta segunda-feira (19), a partir das 21 horas, a TV Santa Cecília exibe ao vivo debate entre os prefeituráveis vicentinos.