X

São Vicente

Cerca de 300 milhões de pessoas podem ter contraido dengue e não sabem

Situação é preocupante já que casos secundários podem se manifestar de forma mais grave

Da Reportagem

Publicado em 29/10/2017 às 17:30

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Estima-se que cerca de 396 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue ao redor do mundo por ano / Agência Brasil

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 396 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue ao redor do mundo por ano. Dessas, apenas 96 milhões apresentam os sintomas da doença e aproximadamente 294 milhões têm dengue assintomática, ou seja, não manifestam os sinais e sintomas e nem chegam a saber que foram infectadas pelo vírus por meio do mosquito Aedes Aegypti.

“Essa situação é alarmante, pois há possibilidade do indivíduo infectado pela segunda vez ter mais chance de desenvolver a forma grave da doença, que pode levar ao óbito”, explica a Diretora Médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani. São quase 300 milhões de pessoas - mais do que toda a população brasileira – que correm maior risco de, em uma infecção secundária, desenvolver dengue grave, sem nem saberem que já foram contaminadas pelo vírus uma primeira vez.   

Diferença entre dengue clássica e grave

Segundo a classificação da OMS, a dengue pode ser classificada como: clássica com ou sem sinais de alarme e dengue grave. A doença sem sinais de alarme apresenta sintomas como febre alta (acima de 38º), enjoo, manchas avermelhadas na pele, dor de cabeça e muscular, diminuição de leucócitos no sangue - células de defesa do nosso organismo - e “teste do torniquete positivo”, ou seja, fragilidade dos vasos capilares.

Já com sinais de alarme, o paciente manifesta também vômito persistente, dor abdominal, acúmulo de líquidos, edemas (inchaço), sangramento de mucosas e aumento da concentração de células vermelhas no sangue com concomitante queda de plaquetas, o que pode aumentar os sangramentos.

Já o paciente que desenvolve dengue na forma grave, apresenta também sangramento intenso, choque e disfunção de órgãos.

Segundo Sheila Homsani, circulam de forma imprevisível pelo mundo quatro tipos de vírus da dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). “Não há correlação entre gravidade e sorotipo da dengue. Um indivíduo que seja infectado por qualquer um dos 4 sorotipos pode desenvolver a forma grave da doença”, explica.

Não há tratamento específico contra o vírus da dengue, apenas os sintomas podem ser tratados com medicação específica, além de repouso e hidratação. O melhor caminho no combate à doença é a prevenção.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Santos

Casa das Culturas de Santos recebe exposição e oficina até domingo (28)

Ação começa nesta quinta-feira (25), com a exposição 'Vicente de Carvalho, Além-Mar'

Itanhaém

Polícia prende trio suspeito de integrar organização criminosa em Itanhaém

Além disso, R$ 3.480,00 também foram recuperados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter