04 de Maio de 2024 • 08:39
Serviço voltado a pessoas e famílias sem moradia, a Casa de Estar de São Vicente está de endereço novo. A cerimônia de entrega do imóvel aconteceu na manhã desta segunda-feira (13), com a presença dos moradores; do prefeito Pedro Gouvêa; a vice-prefeita, Professora Lurdinha; secretários municipais; autoridades, e representantes da sociedade civil.
Os 33 moradores da antiga instalação foram transferidos para a residência recém-reformada pela Administração Municipal. Além das melhorias no ambiente, a capacidade de moradores aumentou para 40 pessoas. “A casa já existe há mais de 20 anos e onde eles estavam já estava aquém das necessidades. Decidimos então dar inicio a mudança para eles terem um local melhor. Além do mais, podemos atender um público maior”, afirma Patrícia Laranja, diretora da alta complexidade da Secretaria de Assistência Social (Seas).
O prefeito Pedro Gouvêa destacou a importância do serviço “que visa dar oportunidade para as pessoas melhorarem a condição de vida”, ressaltou.
A nova residência possui dois andares, e conta com 13 suítes, ampla sala de estar, cozinha e área de lazer. Para garantir a preservação dos residentes, o endereço não é divulgado.
Vinte profissionais, entre operadores sociais, psicólogos e coordenadores, trabalham na casa. Eles ajudam os moradores de diversas formas, como buscar oportunidades de emprego, tirar segunda via de documentos, acompanhamento em consultas médicas e na compra de medicamento. Para morar na casa é preciso ser encaminhado pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) ou pelo Centro POP. Diferente da Casa de Passagem – onde a pessoa pode ficar por até três meses – a Casa de Estar tem um período maior de estadia, chegando há dois anos. O objetivo é possibilitar ao morador reestruturar sua vida.
“Nosso trabalho não é só acolher a pessoa, mas fazer com que ela passe por um processo de transformação na vida. Que ela possa ter a oportunidade de ser encaminhada para o mercado de trabalho, podendo reconstruir a vida e a família”, detalha a secretária de Assistência Social, Professora Lurdinha.
Convivência
Embora tenham ajuda dos profissionais, a organização da casa fica a critério dos residentes. A convivência acaba fazendo com que eles se unam. “Se precisar ficar com as crianças eu fico, a gente está aqui pra se ajudar”, solidariza Fábio Cipriano, morador da Casa de Estar.
Essa boa vontade com o próximo foi essencial para Fábio conquistar a atual namorada, também encaminhada para a unidade em abril, depois de fugir de casa com os três filhos, vítima de violência doméstica.
“Ela chegou numa sexta-feira. No sábado convidei ela e os filhos para passear no Horto Municipal. Depois comecei a ajudar com os documentos, como um guia. Vi que ela é uma mulher guerreira”.
Fábio está na casa desde fevereiro. Atualmente procura emprego com a ajuda dos profissionais. Pretende juntar dinheiro para alugar uma casa em que possa constituir família ao lado da namorada e os três filhos dela. “Espero que nada nos separe! Quero ter a oportunidade de ter uma casa, um trabalho e uma família feliz”.
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