A Prefeitura mantém políticas públicas de prevenção, acolhimento e conscientização voltadas às vítimas / Divulgação/PMSV
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Fortalecer a rede de proteção e ampliar o acesso à informação foram os objetivos da ação realizada na manhã desta segunda-feira (24), na Praça Barão do Rio Branco, em São Vicente.
A mobilização reuniu representantes do programa OAB por Elas e da Prefeitura, que promoveram abordagens ao público e distribuíram materiais informativos sobre como reconhecer situações de violência e buscar ajuda.
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A estudante de perícia criminal, Gisele Fiales, esteve presente e compartilhou sua experiência como sobrevivente de uma tentativa de feminicídio. Ela contou que transformou a própria história em incentivo para outras mulheres.
"Recebi cinco disparos e consegui sobreviver. Isso não deveria acontecer com ninguém. Hoje, meu objetivo é orientar e amparar quem ainda vive esse pesadelo", disse.
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A escrivã-chefe da Delegacia da Mulher de São Vicente, Rosana Nicochelli, reforçou a importância de iniciativas como esta.
Segundo ela, campanhas públicas ajudam mulheres a identificar padrões abusivos e a procurar atendimento especializado. "Em uma ação recente, atendemos vítimas que só perceberam que estavam em relacionamentos violentos após receberem orientação no próprio evento", destacou.
A supervisora de Políticas Públicas para Mulheres, Bruna Maria, lembrou que a prevenção salva vidas e precisa ser contínua. "Nosso compromisso é garantir informação e acolhimento. Identificar e romper o ciclo da violência é essencial para evitar que a situação evolua até o feminicídio", afirmou.
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Entre as participantes, a dona de casa Ireni Rodrigues relatou que iniciativas assim podem transformar realidades.
"Passei por um relacionamento abusivo quando era jovem. Hoje estou bem, mas sei como é difícil. Esse projeto será importante para minha filha. Vou recomendar sem dúvidas", declarou.
Criado em 2022, o programa oferece acolhimento, orientação jurídica gratuita e encaminhamento para serviços de saúde e proteção, formando uma ponte entre vítimas e a rede de atendimento.
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"A proposta surgiu da necessidade de um suporte jurídico especializado. Nosso trabalho inclui plantões e ações como esta, para conscientizar e combater a cultura da violência", explicou Ana Carolina Oliveira, presidente da Comissão de Combate à Violência de Gênero da OAB de São Vicente.
Os atendimentos ocorrem às segundas e quintas-feiras, das 9h às 12h, na sede da OAB São Vicente (Rua José Gonçalves Paim, 145 Parque Bitaru).
Dados da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, do Instituto DataSenado, apontam que 3,7 milhões de brasileiras sofreram violência doméstica ou familiar em 2025 evidenciando a persistência e a gravidade do problema.
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Em São Vicente, a Prefeitura mantém políticas públicas de prevenção, acolhimento e conscientização voltadas às vítimas, fortalecendo ações conjuntas com a rede de proteção.
Violência Física: agressões que ferem ou colocam em risco o corpo da mulher.
Violência Psicológica: condutas que causem dano emocional, como ameaças, humilhações e isolamento.
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Violência Sexual: relações ou práticas forçadas, impedir contracepção ou obrigar aborto.
Violência Patrimonial: retenção ou destruição de bens, documentos, recursos ou impedir trabalho/estudo.
Violência Moral: calúnia, difamação ou injúria.
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