Santos

Vítimas do incêndio em comunidade de Santos pedem auxílio emergencial

Moradores relatam falta de clareza sobre quem terá direito ao auxílio após incêndio que destruiu casas na comunidade do Dique da Vila Gilda

Carlos Ratton

Publicado em 16/09/2025 às 06:40

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A Prefeitura decretou situação de emergência por reconhecer o caráter excepcional da situação / Reprodução

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As vítimas do incêndio – que possuem casas não atingidas pelo fogo, mas que tiveram telhados e cômodos destruídos pelas equipes de socorro para facilitar acesso às chamas - na comunidade localizada no Caminho de São Sebastião, no Dique da Vila Gilda, em Santos, entraram em contato com a Reportagem alegando que a Prefeitura teria informado que elas estariam fora do auxílio emergencial. 

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Segundo algumas vítimas, há uma confusão de informações por parte da Defesa Civil de Santos e a Companhia de Habitação da Baixada Santista – COHAB Santista. 

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"Cada hora que você vai lá, eles falam uma coisa diferente. Inicialmente falaram que todas as famílias que fossem atingidas, parcialmente e totalmente, seriam atendidas por esses órgãos. Depois, falam que não é assim, principalmente na parte do auxílio. Eles falaram que somente pessoas que tiveram a casa totalmente destruída receberiam auxílio. Não tem como uma pessoa viver numa casa sem telhado, sem banheiro, enfim", explica uma das vítimas, que prefere não se identificar com medo de ser prejudicada.    

Ela dá como exemplo a casa do pai, que teve o banheiro destruído pelos bombeiros, a casa da prima que teve a parte da sala e do banheiro também destruídas e de outro morador que teve totalmente o telhado destruído para que os bombeiros tivessem acesso às chamas. 

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"Essas pessoas precisam reconstruir as casas. Estão recebendo a informação que não serão ressarcidas. Quando foi feito o acolhimento inicial, falaram que todas as pessoas atingidas, independentemente da casa ter sido destruída total ou parcialmente, seriam atendidas pelo auxílio aluguel no valor de mil reais. Quatrocentos do Governo Estadual e R$ 600,00 da Prefeitura", completa.  

Outra pessoa que também foi vítima do incêndio confirma que as informações iniciais eram que todas as famílias do perímetro atingido pelo incêndio seriam assistidas. "Como uma pessoa vai morar numa casa que está parcialmente destruída, sem telhado? Não estamos recebendo o auxílio que prometeram. Não digo nem o financeiro, mas uma ajuda para reconstruir o que foi danificado, Não nos falam o que vai acontecer, o que a gente tem que fazer. Já fez um mês e nada aconteceu", afirma. 

Incêndio

O incêndio ocorreu em 1º de agosto e resultou na morte de uma pessoa e deixou 331 famílias afetadas. As chamas destruíram cerca de 100 casas e comprometeu muitas outras do entorno. 

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A Prefeitura decretou situação de emergência por reconhecer o caráter excepcional da situação e autoriza medidas urgentes para atender à população e iniciar a recuperação da área. 

Também cadastrou as famílias atingidas, com checagem de dados, para viabilizar o pagamento de auxílio-moradia e providenciou refeições a abrigo provisório para as vítimas. O Governo Estadual anunciou a construção de novas moradias e apoio financeiro para famílias afetadas. 

O Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Santos segue recebendo doações para auxiliar os desabrigados.  Os itens prioritários incluem alimentos não perecíveis (lacrados), água mineral, roupas de cama, cobertores, colchões, fraldas infantis e geriátricas, lenços umedecidos, ração para animais de estimação e absorventes. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (13) 3222-8050.

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Prefeitura  

A Prefeitura de Santos, por meio das secretarias municipais de Desenvolvimento Social, Saúde e Educação e da Cohab Santista, está averiguando os dados das famílias que se cadastraram como vítimas do incêndio ocorrido em 28 de agosto. 

A apuração dos dados é minuciosa e o resultado é divulgado através de convocações para as famílias vítimas do incêndio, por meio do Diário Oficial de Santos.

As famílias que tiveram seus imóveis danificados em virtude do incêndio e que foram analisados pela Defesa Civil como perda parcial e com comprometimento estrutural, também serão contempladas com auxílio financeiro para fins habitacionais.

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