A falta de condutores não só impacta diretamente na eficiência do serviço, mas também sobrecarrega os profissionais em atividade / Francisco Arrais/PMS
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O vereador Sérgio Santana (PL) denunciou na última terça-feira (26), na Câmara de Santos, que o município dispõe de 15 ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas parte do veículos permanece inativa devido à falta de motoristas.
“Atualmente, O quadro conta com 37 condutores, quando seriam necessários 52 para a plena utilização da frota, representando um déficit de 15 profissionais. Esse cenário impacta diretamente a capacidade de resposta do SAMU, podendo aumentar o tempo de deslocamento e afetar a eficiência no atendimento às ocorrências”, revela Santana, que está cobrando respostas da Administração Rogério Santos (Republicanos).
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Santana quer que a Prefeitura apresente quais medidas estão em andamento para recompor o quadro de motoristas, se há incentivos para atrair novos profissionais e, enquanto o concurso público não é finalizado, quais ações emergenciais serão implementadas para evitar a ociosidade da frota.
A falta de condutores não só impacta diretamente na eficiência do serviço, mas também sobrecarrega os profissionais em atividade. “A possibilidade de que ambulâncias permaneçam paradas por falta de pessoal habilitado contraria o objetivo maior do SAMU: garantir rapidez e eficácia no atendimento de urgência”.
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Outra questão referente ao SAMU. Segundo Santana, diversos moradores da Zona Noroeste de Santos têm o procurado para relatar a necessidade de melhoria no atendimento emergencial na região com a possível instalação de uma base da unidade no Posto de Segurança e Orientação, inaugurado em dezembro de 2020, na esquina das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes com a Rodovia Anchieta, que já abriga as bases da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), funcionando 24 horas por dia.
Santana lembra que, desde a sua inauguração, o posto tem se mostrado estratégico para o monitoramento, segurança e mobilidade na entrada da cidade, oferecendo estrutura moderna, acessível e equipada com tecnologia de ponta para vigilância e atendimento ao público.
“Nossa equipe conversou diretamente com o responsável pelo SAMU, que confirmou a necessidade real de implantação de uma base na região. A integração dessa base ao Posto de Segurança e Orientação permitirá coordenação eficiente entre as equipes de saúde e segurança, garantindo rapidez e eficácia no atendimento das emergências médicas e oferecendo maior cobertura para toda a população da Zona Noroeste”, acredita
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Uma fonte consultada pela Reportagem informa que o Ministério da Saúde preconiza uma viatura de suporte básico para cada 100 mil habitantes e uma de suporte avançado para acima de 400 mil habitantes. Santos estaria, portanto, acima, pois precisaria apenas de quatro ambulâncias se suporte básico (motorista e técnico de enfermagem) e uma de suporte avançado (motorista, enfermeiro e médicos).
“Só que esse levantamento foi criado em 2008 e já está bem defasado. O SAMU de Santos realiza mais de quatro mil atendimentos mês, incluindo cobertura em eventos. Temos 15 ambulâncias prontas para uso, mas atualmente só conseguimos colocar 11 em circulação pagando horas extras para completar o quadro defasado de condutores. Para colocar todas as ambulâncias em operação, necessitamos de mais 15 motoristas”, confirma.
A fonte complementa explicando que com 15 ambulâncias em circulação, o SAMU santista passaria a dar uma assistência mais rápida e ágil aos munícipes e que houve a redução de horas extras que prejudicou a logística do SAMU, pois reduzindo horas extras e não repondo motoristas, o número de ambulâncias caiu.
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“Não queremos que o nosso serviço, que sempre foi referência no Estado e fora dele, venha cair em produtividade e qualidade. Estamos pleiteando uma base nas quatro pistas na entrada da cidade em que antigamente era ocupada pela guarda municipal e polícia militar e não está mais em operação. O SAMU trabalha com tempo resposta e cada minuto significa muito para nós, pois cada minuto é uma vida”, finaliza.
SAMU é o serviço de emergência médica gratuito que atende casos clínicos, cirúrgicos, traumáticos, obstétricos, pediátricos e psiquiátricos. Funciona 24 horas por dia, sendo acionado pelo número 192. As chamadas são atendidas por uma central de regulação que fornece orientações e envia a equipe médica e os veículos necessários (ambulâncias, motos, etc.) para o local da emergência, garantindo o socorro precoce e o transporte seguro para hospitais de referência.
O usuário disca o número 192, que é gratuito e pode ser usado de qualquer telefone fixo ou móvel, mesmo sem créditos. A ligação é atendida por um técnico que fornece as primeiras orientações e coleta informações sobre o paciente e o local. A chamada é repassada a um médico regulador, que presta socorro de forma telefônica e decide quais recursos devem ser enviados (médico, enfermeiro, ambulância, etc.)
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A Central de Regulação envia a equipe e o veículo mais adequado para atender a vítima, com o objetivo de chegar o mais rápido possível ao local. A equipe especializada presta o atendimento e estabiliza o paciente, garantindo o seu encaminhamento para um hospital de referência.
A Prefeitura ratificou e a frota em circulação no município de Santos é superior ao que o Ministério da Saúde sugere e o tempo-resposta médio para os casos de alta prioridade (vermelho) no município é de oito minutos, metade do tempo também preconizado pelo Ministério.
As viaturas estão distribuídas no período diurno, sendo 14 ambulâncias de suporte básico de vida e 1 de suporte avançado e- período noturno, sendo 10 ambulâncias de suporte básico de vida e 1 de suporte avançado.
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O Samu de Santos atua com 10 bases espalhadas por todo o município para ter um bom tempo-resposta das solicitações classificadas como média e baixa prioridades.