PRESERVAÇÃO

Santos participa de ação de combate ao lixo no mar

A cidade é a única, além de cinco capitais, a participar da iniciativa que reuniu cerca de 150 voluntários de diversas ONGs em uma linha humana de varredura na faixa de areia

Da Reportagem

Publicado em 23/01/2023 às 11:00

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Limpeza da praia do Gonzaga em Santos. / ISABELA CARRARI/DIVULGAÇÃO

Até um pneu foi desenterrado com microlixo da praia do Gonzaga neste domingo (22), durante ação coordenada pelo programa Blue Keepers, ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Semam). Santos é a única cidade, além de cinco capitais, a participar dessa iniciativa, que reuniu cerca de 150 voluntários de diversas ONGs em uma linha humana de varredura na faixa de areia.

O volume de microlixo foi tão grande e de difícil quantificação que a ONG EcoFaxina, uma das participantes da iniciativa, vai fazer o trabalho no decorrer da semana, em sua sede – também participou da ação o Instituto Mar Azul, entre outras organizações. 

Microlixo são resíduos pequenos que o serviço de rastelamento não consegue retirar da praia, como bitucas de cigarros, palitos de sorvete e tampinhas, além de  plásticos em degradação. 

Limpeza da praia do Gonzaga em SantosISABELA CARRARI/DIVULGAÇÃO

MOBILIZAÇÃO

A mobilização começou em dezembro por Recife (PE), coordenada pela Blue Keepers, que prevê a realização de 24 mutirões este ano. Serão envolvidas também Manaus (AM), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ), com cada cidade recebendo quatro ações, a última em setembro. O programa tem o apoio e parceria de Andina, FEMSA e Solar, fabricantes do Sistema Coca-Cola Brasil nestas regiões do país.

ENGAJAMENTO 

“A Prefeitura tem o poder de aprovar leis para organizar a Cidade no tocante à limpeza, inserir a cultura oceânica na grade escolar e estimular debates dessa natureza. Mas, se não houver adesão e participação espontânea da população, o engajamento de unidades de ensino, institutos e organizações sociais, não haverá resultados”, comentou o secretário Marcos Libório, da Semam, que acompanhou a atividade.

A responsabilidade em diversas áreas, inclusive na ambiental, prosseguiu ele, precisa ser compartilhada. “Cada um precisa fazer a sua parte”, afirmou, lembrando que Santos foi uma das cidades escolhidas pelo programa da ONU por conta dos programas de planejamento voltados ao meio ambiente. “Precisamos sensibilizar, não por imposição. Quanto mais investirmos em saúde ambiental, melhor para a nossa saúde individual e coletiva.”

PLÁSTICOS 

De acordo com levantamentos oficiais, o mundo gera atualmente 242 milhões de toneladas de resíduos plásticos e oito milhões deles chegam aos oceanos por ano.

Caso esse cenário permaneça inalterado, até 2030 a poluição plástica deve dobrar – ela já atinge 90% dos pássaros marinhos, que apresentam fragmentos desse material no estômago. O plástico, aliás, representa nada menos que 80% dos detritos marinhos e o Brasil é o 16º país do mundo que mais contribui com esse tipo de poluição nos oceanos.

BLUE KEEPERS 

Programa da Plataforma de Ação pela Água e Oceanos, do Pacto Global da ONU Brasil, o Blue Keepers volta-se ao combate da poluição do plástico em rios e oceanos, de forma sistêmica e duradoura. Com a análise do lixo que pode chegar ao mar, o programa cria iniciativas que possibilitem reduzir em 30% o impacto nos oceanos até 2030.

Ele atua em seis áreas: emergência (‘começar já’), diagnóstico (‘entender a questão e priorizar pontos mais problemáticos’), solução (‘encontrar as melhores combinações’), piloto (‘testar para replicar’), escala (‘suporte aos municípios’) e conhecimento, compartilhando informações e aprendizados.

O projeto busca engajar empresas, governo e sociedade no combate à poluição crônica do oceano por resíduos sólidos, especialmente plásticos. A expectativa é recolher uma tonelada de resíduos em cada ação, totalizando 24 toneladas ao final do projeto.

COMPROMISSO 

A Coca-Cola assumiu globalmente o compromisso de tornar 100% das suas embalagens recicláveis, feitas com pelo menos 50% de conteúdo reciclado, além de contribuir para a coleta, reciclagem e/ou retornabilidade de 100% das embalagens que colocarem no mercado até 2030.

A Sprite também prometeu mudar a embalagem de PET verde para a transparente. Segundo a marca, o fato de não conter pigmentação colorida faz com que a embalagem tenha maior procura e um valor de mercado de até 25% maior, se comparado às PETs com pigmentação verde, na cadeia de coleta e reciclagem, tornando-as mais circulares.

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