Santos

Santos capacita saúde para tratar Esporotricose; saiba mais sobre a doença

Diagnóstico de esporotricose deve ser feito por exame laboratorial

Da Reportagem

Publicado em 11/06/2024 às 21:06

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Critério de cura será de acordo com a evolução clínica, considerando a recuperação completa da lesão e regressão dos nódulos / Divulgação/PMS

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A Secretaria de Saúde de Santos, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, capacitou os profissionais da rede municipal para o reconhecimento dos sinais e sintomas da esporotricose causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis (que pode ser encontrado no solo e pode ser acometido por homens e animais).

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Ter uma rede capacitada para o diagnóstico, tratamento e notificação dos casos é um passo importante para melhor acompanhar a incidência da doença no Município.

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O QUE É A DOENÇA

A esporotricose é uma infecção fúngica, que geralmente atinge a pele e os vasos linfáticos, mas também pode afetar órgãos internos.

A transmissão ocorre a partir do contato do fungo com a pele, principalmente por mordida ou arranhadura de animais contaminados, ou por meio de feridas causadas por espinhos de plantas, palhas e lascas de madeira. Apresentam mais risco de contaminação os animais semidomiciliados, ou seja, que passam parte do dia na rua e outra parte dentro de casa.

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Nos animais, costumam aparecer lesões que liberam secreções e formam crostas, mas que não cicatrizam, em especial na face, orelhas, nariz e membros. Em casos mais graves, acometem o sistema respiratório desses animais.

Havendo suspeita de esporotricose, o animal deve ser levado imediatamente ao veterinário para diagnóstico e tratamento.

Nos humanos, as lesões se apresentam em formato de nódulos isolados ou enfileirados ou feridas. Em seres humanos, normalmente a infecção é benigna e se limita à pele. As regiões mais acometidas são as que ficam mais expostas, como face, braços, mãos, pernas e pés. Raramente ocorre cura espontânea e os casos costumam demandar tratamento prolongado.

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Há casos mais raros, em que a doença pode acometer outros órgãos, por disseminação na corrente sanguínea, estando associados a pessoas com baixa imunidade.

Após a introdução do fungo na pele, há um período de incubação, que pode variar de poucos dias a 3 meses, podendo chegar a 6 meses. Somente após este período as feridas se manifestam.

O diagnóstico de esporotricose deve ser feito por exame laboratorial. Porém, a evolução da doença e o histórico de contato com animais com lesões ou solo (plantas, jardins) é de máxima importância.

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“Conscientizar a comunidade sobre a esporotricose e outras doenças transmitidas dos animais para os homens é vital para evitar a propagação e salvaguardar a saúde de todos. A responsabilidade e compaixão para com os animais traduzem-se não apenas no bem-estar animal, mas também na preservação da saúde humana”, destaca Ana Paula Valeiras, diretora de Vigilância em Saúde de Santos.

ANIMAIS

Na rede pública de Santos, o atendimento gratuito dos animais é realizado em qualquer unidade da Codevida: Jabaquara (Av. Francisco Manoel s/nº - senhas de consultas distribuídas às 8h), Jardim Botânico (Avenida João Fraccaroli s/nº, Bom Retiro - senhas distribuídas às 8h e às 13h), Caruara (Praça Encarnación Alves Corpaz s/nº, a partir das 9h) e Monte Cabrão (Rua Principal s/nº, a partir das 9h).

Durante a consulta, o veterinário fará a avaliação do pet, coletará o sangue para exame e fornecerá o tratamento. Em casos que o tutor apresente lesão, será encaminhado diretamente pela Codevida para avaliação na policlínica de referência do local de moradia.

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O Centro de Controle de Zoonoses e Vetor, da Secretaria de Saúde, realiza a notificação e o acompanhamento dos casos em animais, com levantamento de dados epidemiológicos, investigação de surtos e atividades de orientação aos tutores.

Presta ainda apoio ao trabalho realizado pela Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, como a intermediação do envio de amostras de lesões em animais para laboratórios parceiros como o Labzoo-Micologia da Divisão de Vigilância de Zoonoses do município de São Paulo.

HUMANOS

Qualquer pessoa que tenha feridas que não cicatrizam, ou tenha tido contato com gatos, cães e outros animais com lesões de pele, devem procurar a policlínica de referência do seu local de moradia para receber o diagnóstico e iniciar o tratamento, que é realizado com medicamento por via oral.

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O critério de cura será de acordo com a evolução clínica, considerando a recuperação completa da lesão e regressão dos nódulos. Após este período, o tratamento ainda deve ser mantido por 3 a 4 semanas.

LEGISLAÇÃO

Em Santos, a lei municipal nº 4.347/2023 institui a campanha permanente de orientação, conscientização e prevenção à esporotricose.

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