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Santos

‘Salvou o mês’, gás a R$ 32 gera fila e alívio para compradores em Santos

Petroleiros iniciaram greve nacional da categoria no primeiro dia do mês e promoveram ação para chamar a atenção do público

LG Rodrigues

Publicado em 13/02/2020 às 17:00

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Cabeleireira afirma que valor baixo acabou salvando seu mês e bolso / Nair Bueno / Diário do Litoral

A venda de botijões de gás pelo preço baixo de R$ 32,00 resultou em alívio e também revolta com o Governo Federal entre os moradores de Santos que conseguiram efetuar suas aquisições durante a tarde desta quinta-feira (13). O valor foi praticado durante um protesto realizado pelos petroleiros da cidade e resultou em fila longa na Avenida Conselheiro Nébias, no bairro do Paquetá.

A ação dos petroleiros de Santos integrou a greve nacional da categoria. Paralisados desde o dia 1° de fevereiro, a manifestação nacional já mobiliza ao menos 108 unidades em 13 Estados e conta com mais de 20 mil petroleiros de braços cruzados desde então, sendo considerada a manifestação mais importante da categoria desde 1995, quando os petroleiros protestaram por 32 dias, a greve mais longa greve da história.

Os profissionais exigem a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, previstas para esta sexta-feira (14). O movimento Nacional inspirou a Sindipetro Litoral Paulista a iniciar a ação que vendeu gás de cozinha por R$ 32,00, nesta quinta-feira.

“Pra falar a verdade eu não estava sabendo, mas me avisaram e eu corri para casa e peguei o botijão de gás vazio. Salvou tanto o meu mês quanto o meu bolso, afirma a cabeleireira Valdite Maria dos Santos Andrade, de 59 anos.

A venda foi restrita a 150 botijões de gás, uma unidade por família, e foi realizada na sede da entidade, na Avenida Conselheiro Nébias, 248. Durante a venda, os petroleiros distribuíram material informativo explicando os motivos da ação. A reivindicação por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis também é uma das bandeiras da greve nacional da categoria.

“E realmente, não é só o gás que teve um aumento exagerado no preço, tem tempo a luz, a água e não se explicam os motivos para este aumento. No caso do gás a gente ainda consegue se apertar e não usar tanto, mas a luz, por exemplo, precisamos usar o tempo inteiro e tem tanta bandeira de tanta cor que a gente até se perde. Nem ao menos sabemos os significados ou o porquê de terem sido implantadas”, explica.

Atualmente a maioria dos municípios do País vende o botijão de gás a um valor médio de R$ 70, valor este, o qual pode chegar a R$ 100 ou mais em cidades fora da Baixada Santista. Segundo os petroleiros, o botijão de gás sofreu uma disparada nos preços desde 2019, quando o Governo Federal fez a Petrobras adotar a política de paridade com os preços internacionais. Em vez de calcular os custos de produção de gás e petróleo no Brasil pelo Real, os custos passaram a ser calculados em dólar.

“A minha maior preocupação ainda são as pessoas que podem ficar desempregadas [no Paraná] porque a gente se aperta com os preços, mas sem emprego não tem como pagar nossas próprias contas”, conclui Valdite.

 

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