Santos

Relatório ambiental ajuda Santos no descarte de plástico nas praias

Prefeitura promove programas de educação ambiental e reciclagem que também contribuem na renda dos catadores de matérias-primas locais

Da Reportagem

Publicado em 30/01/2024 às 18:27

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Somente em 2023 foram retirados das areias e águas santistas 230 quilos de detritos / Divulgação/PMS

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Em um compromisso contínuo com a preservação marinha, a Secretaria de Meio Ambiente de Santos (Semam) reforça parcerias para monitorar e enfrentar o problema do descarte irregular nas praias. De acordo com um relatório do Instituto Mar Azul (IMA), somente em 2023 foram retirados das areias e águas santistas 230 quilos de detritos, alarmando sobre a presença predominante de objetos e embalagens plásticas.

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Para diminuir os impactos da poluição, a Prefeitura promove programas de educação ambiental e reciclagem que também contribuem na renda dos catadores de matérias-primas locais. Neste ano, vinte mutirões de limpeza das praias estão previstos em colaboração com voluntários do Instituto.

Por meio do mesmo relatório, ainda no ano passado, o IMA apresentou à Semam dados sobre 22 ações de mutirões de limpeza nas praias, no mar e na Ilha Diana (área continental). Ao todo, foram recolhidos 117 mil materiais, incluindo 38 mil bitucas de cigarro, 10 mil itens de metais, 9 mil detritos de isopor, 5 mil embalagens de papel e 2 mil objetos feitos de madeira.

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PREOCUPAÇÃO

Em relação a anos anteriores, houve aumento considerável de plásticos despejados sob o mar santista, totalizando 47 mil fragmentos. Foram mais de 7 mil itens a mais recolhidos em relação a 2022.

É importante ressaltar que partículas denominadas de “microplásticos” (dependendo do tamanho), podem ser ingeridas indiretamente por peixes e consumidas diariamente, por aves, tartarugas e mamíferos marinhos, trazendo prejuízos ambientais, econômicos e aos banhistas. 

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Foi observado também que o metal passou de 1.264 em 2022 para 10 mil detritos em 2023. Resíduos de madeira, que incluem palitos de dente, fósforos, espetinhos de churrasco e palitos de sorvete, passaram de 977 em 2022 para 2.221, em 2023.

Para o titular da Semam, Marcos Libório, os números são resultado de hábitos adotados universalmente. “O diagnóstico diz muito sobre o hábito global dos frequentadores das praias, por isso Santos tem um trabalho permanente de atenção a esse fator. Porém também é necessário que moradores e turistas se conscientizem para diminuir todos os danos que o descarte irregular causa no meio ambiente”, ressalta.

Hailton Santos, diretor presidente do IMA, explica que esse tipo de trabalho de monitoramento mostra a realidade do dia a dia nas praias. “A quantidade de material que recolhemos está, na verdade, diretamente ligada às atividades que acontecem nas praias, por isso são tão importantes os atos de educação ambiental para que ambulantes e permissionários vejam a importância de recolher o lixo produzido”.

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MUTIRÕES

Para o ano de 2024, já foram programadas mais de 20 ações de limpeza do IMA nas praias. A primeira, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, já aconteceu no dia 28 de janeiro durante o 6º Festival Brasileiro de Remada e reuniu 5.373 fragmentos em 6 quilos de resíduos de matérias-primas. A ação contou com vinte voluntários, que trabalharam por trinta minutos na praia da Aparecida.

O próximo mutirão já está marcado para fevereiro. O resultado do ato, além de auxiliar na limpeza do mar santista, trará novos dados para um próximo relatório.  

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“Diagnósticos como o do IMA são fundamentais para o nosso município porque, por meio de dados, nos ajudam a aprimorar as ações de educação ambiental”, explicou o Secretário Adjunto da Semam, Marcus Fernandes. 

AÇÕES EFETIVAS

Como forma de reduzir a quantidade de detritos que chegam ao mar, é fundamental a correta separação e descarte dos resíduos domésticos. Para isso, a Prefeitura tem como medida positiva e pertinente a Coleta Seletiva, onde todo o material vai para a cooperativa de catadores que, com a venda dos recicláveis, garante o sustento de dezenas de famílias.

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Desde 1991, Santos conta com o sistema que, além de trazer benefícios sociais, ambientais e econômicos, incentiva a sociedade a praticar atos sustentáveis de forma prática e efetiva com a separação do lixo orgânico do resíduo reciclável. 

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