Rabbit Caipirinha na Praia comemora dois anos valorizando a cultura brasileira em Santos

Há dois anos o bartender Rogério Rabbit transformou um sonho em um ponto turístico à beira-mar. Assim nasceu o Rabbit Caipirinha na Praia, o primeiro quiosque do mundo dedicado exclusivamente à caipirinha. Instalado na orla de Santos, em frente ao Canal 2 e diante do maior jardim de praia do planeta, o espaço é leve, descontraído e cheio de propósito.

“Aqui é o começo de você se reconectar com a natureza, com a mãe natureza. Acho que a gente está perdendo isso, então aqui é um espaço que eu gosto de fazer isso”, explica Rabbit, que possui 38 anos de carreira como bartender.

De Santos para o mundo

A trajetória do barman começou em Santos, mas o levou por São Paulo, Berlim e pelo sul da Itália. Foram quase 60 países e dezenas de prêmios conquistados ao longo do caminho. Mesmo assim, foi na cidade natal que ele decidiu retribuir tudo o que aprendeu.

“Eu aprendi que o melhor lugar do mundo é a nossa casa, perto das pessoas que a gente gosta, da nossa família, dos nossos amigos. Então é uma forma de gratidão, porque a minha história começou aqui”, conta.

“Depois de tudo o que vivi, achei justo voltar e compartilhar o que eu sei com as pessoas daqui. E estou muito feliz, porque as pessoas valorizam e reconhecem isso.”

Um quiosque diferente de tudo

Rabbit faz questão de destacar que seu quiosque não é uma reprodução de nada que já exista. “O quiosque não foi uma coisa que eu vi em um lugar e trouxe pra cá. Surgiu da minha cabeça. É tudo muito original. Isso aqui é único.”

O espaço reflete sua história, suas viagens e seu olhar atento à hospitalidade. Com formação sólida em gastronomia e experiência em casas renomadas, como o Grupo Fasano, Rabbit aplica na praia o mesmo rigor e cuidado com a experiência do cliente.

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“Desde o momento que o cliente chega até a hora que ele sai, tudo é monitorado para que ele tenha a melhor experiência possível. Aqui, ele precisa sair com a sensação de que bebeu a melhor caipirinha. Isso é o mínimo necessário.”

A paixão pela caipirinha

O amor pelo coquetel mais brasileiro do país é o motor do projeto. “Sempre que eu fazia caipirinha em casa, as pessoas diziam que era a melhor que já tinham tomado. Eu achava exagero, até perceber que muita gente bebia caipirinha ruim por aí.”

Foi aí que surgiu a ideia de criar um espaço dedicado apenas à bebida. “Eu falei: vou fazer um quiosque de caipirinha, valorizando os produtos locais, usando só cachaça. Nada de vodka, saquê ou rum. E deu certo. As pessoas pedem foto, marcam a gente, dizem que é a melhor caipirinha do mundo. Isso é muito gratificante.”

Uma vida moldada pela coquetelaria

Rabbit lembra com carinho da primeira vez que competiu e errou. “Eu esqueci de colocar o suco de uva no meu primeiro campeonato. Foi horrível, mas me ensinou muito.” Daquele erro nasceu um profissional que se destacaria em competições nacionais e internacionais.

O primeiro prêmio internacional veio em 1995, na República Dominicana. “Eu mudei a receita na hora, fiz uma versão tropical e ganhei. Foi o meu primeiro prêmio internacional, e foi ali que eu percebi que o universo às vezes conspira a favor.”

Carpe Diem

Hoje, à frente do primeiro quiosque de caipirinha do mundo, Rabbit celebra não só o sucesso do negócio, mas também o aprendizado que o trouxe até aqui.

“A vida é viver, cara. Você tem que ir lá e viver, é sobre propósito. Não é só um quiosque aberto na praia. Tem muita coisa por trás disso.”

E se pudesse mandar um recado ao jovem que esqueceu o suco de uva no primeiro campeonato, ele diria: “Carpe Diem. Aproveita o momento, curte, porque tudo é aprendizado. Eu não seria o que sou hoje se não tivesse passado pelos erros. Eles ensinam muito mais. Seja sempre você mesmo.”