04 de Maio de 2024 • 07:59
Santos
O interessado deve entrar em contato com o setor de zoonoses para agendar a aplicação. Os telefones são (13) 3257-8048, (13) 3257-8044 ou (13) 3257-8032.
A leishmaniose é transmitida pelo chamado mosquito-palha e tem nos cães a principal fonte de infecção. / Agência Brasil
Tutores que moram em Santos, no litoral paulista, podem vacinar seus cães contra leishmaniose, gratuitamente, em uma ação da prefeitura.
A dose, porém, só será aplicada mediante comprovação, via resultado de exame, de que o cão não tem a doença. O tutor tem até dia 18 para isso.
O interessado deve entrar em contato com o setor de zoonoses para agendar a aplicação. Os telefones são (13) 3257-8048, (13) 3257-8044 ou (13) 3257-8032.
A imunização foi liberada após convocação e não comparecimento de responsáveis por animais sadios que têm proximidade com portadores da doença. Esses cães já eram investigados pela prefeitura e tinham exame negativo para leishmaniose.
De acordo com a administração municipal, 796 tutores foram convocados desde maio, mas apenas 232 levaram o animal para tomar as três doses necessárias da vacina.
Desde 2015, foram identificados 63 casos positivos de leishmaniose na cidade -37 já morreram. Os casos estão distribuídos em 13 bairros, com concentração no Morro São Bento (23). Não há registros de infecção em humanos no município, afirma a prefeitura.
A DOENÇA
A leishmaniose é transmitida pelo chamado mosquito-palha e tem nos cães a principal fonte de infecção. No caso dos animais, a doença não tem cura e não havia medicamento autorizado no país até pouco tempo -a eutanásia era a única recomendação.
Desde 2017, há no país medicamento que permite uma melhora clínica, embora o cachorro continue sendo reservatório da doença. Por isso, mais que tratamento contínuo, a guarda responsável é essencial, já que o bichinho precisará de acompanhamento veterinário pelo resto da vida.
A possibilidade de tratamento não exclui a prevenção. Coleira específica e vacina podem evitar a leishmaniose e são recomendadas, especialmente em áreas onde há maior risco de infecção.
Os sintomas costumam aparecer de dois a três anos após a infecção. Entre eles, o animal apresenta pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha.
Com o avanço da doença, órgãos internos como fígado, baço e pulmão são afetados.
A doença pode ser transmitida a humanos. Nesse caso, é grave, mas tem tratamento.
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