Santos
Em discurso, Rogério Santos foi enérgico e afirmou que a crise sanitária e econômica pede decisões impopulares para manter moradores sãos e número de mortes em queda
Prefeito lamentou ter perdido a mãe durante a pandemia e diz que sua missão é preservar vidas / Reprodução / Facebook
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O discurso do prefeito Rogério Santos (PSDB) durante a sessão solene de aniversário de 475 anos da cidade de Santos durante a manhã desta terça-feira (26) foi marcado por uma grande reflexão do período de crise sanitária gerada pela pandemia do novo coronavírus. Durante seu momento de fala, o chefe do Executivo relembrou da mãe e destacou que o momento pede decisões impopulares, mas que podem ser imperativas para evitar mais mortes para a doença.
Rogério fez uso da palavra logo após o vereador Ademir Pestana (PSDB) ter feito o discurso de saudação da sessão solene. O prefeito de Santos não desviou dos problemas vividos pela cidade atualmente, que presenciou protestos de comerciantes durante a última semana contra o fechamento de estabelecimentos devido ao avanço do número de mortes pela Covid-19 e falou sobre a situação.
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"É o momento de trabalharmos em conjunto, pelo bem comum. Eu fiz um juramento nessa casa com a presidente Telma de Souza (PT). Jurei defender a cidade, defender as pessoas. Junto com a Telma também fiz juramento na área da saúde e nos comprometemos primeiro a salvar vidas, seres humanos. É essa nossa responsabilidade. É o momento de ouvir as pessoas, sempre ouvimos, mas o momento é de decisões difíceis, decisões que às vezes não são populares, decisões como muitos tomaram, como quando decidiram criar a primeira Santa Casa fora da Europa, aqui, nesse povoado, quando não era nem vila porque aqui morriam indígenas, morriam colonizadores e hospital naquela época não tinha médicos", afirmou.
Ao fazer um paralelo com a situação vivida pelos empresários da cidade, o prefeito citou situações vividas por seus pais no passado e lamentou que a mãe não pudesse estar com ele para presenciar sua administração à frente da Prefeitura de Santos.
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"Não podemos errar, não podemos entrar na confusão da solução fácil de agradar as pessoas quando na verdade podemos estar cometendo erros graves. Temos que ser firmes. Eu tenho exemplo em minha casa, meu pai era comerciante e perdeu tudo em determinada época da nossa vida. Durante o aniversário que eu tive no dia 16 de março passei com meu pai em depressão por um momento, meu pai perdeu tudo, mas hoje ele tá vivo, não tem mais automóve, mas vive com dignidade. Já a minha mãe eu perdi na pandemia, durante a pandemia, minha mãe não volta, a vida não volta atrás e é isso que temos que ter consciência e nossa palavra vale muito, nossa responsabilidade vale demais", declarou Rogério.