Santos

'Precisamos santificar a vida no que fazemos', afirma Dom Joaquim

Ao Diário, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães comentou sobre Leão XIV e o que esperar nos próximos anos na Diocese de Santos

Gabriel Fernandes

Publicado em 10/05/2025 às 07:00

Atualizado em 10/05/2025 às 10:11

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Dom Joaquim Mol vai colaborar com o Bispo Dom Tarcísio Scaramussa no exercício de suas funções / Renan Lousada/DL

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Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, nomeado pelo Papa Francisco para Bispo Coadjutor da Diocese de Santos, tomará posse neste sábado (10), em cerimônia que está prevista para acontecer no Santos Convention Center, às 9h. 

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À reportagem durante uma entrevista na tarde da última sexta (9), Dom Joaquim comentou a extrema coincidência de sua posse canônica acontecer dois dias depois de Leão XIV ser anunciado como o Papa. 

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“Hoje estamos vivendo uma situação delicada, embora um pouco diferente de oito, nove anos atrás. Mais sério que isso, é a opinião ter chegado em um nível tão profundo que fraturou a possibilidade de entendimento”, comentou.

Sobre a escolha do nome Leão, ele interpreta que ela pode ser feita por vários caminhos. “A força é resultado de uma harmonização de sentimentos, sobretudo, de uma comunhão com Deus. Inclusive, ele nos faz fortes. Inclusive, temos outras explicações. Por exemplo, a igreja tem a sua doutrina social, que pensa na sociedade. Os sistemas, o modo de produção, os trabalhadores, a remuneração, a desigualdade e a dignidade humana”.

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“Tudo isso é muito parte dos ensinamentos da igreja. Cuidar de tudo isso e o Papa que mais trabalhou neste aspecto, praticamente começou a sistematizar isso foi justamente Leão XIII, e quando ele dá o nome de Leão XIV, ele quer dizer que quer continuar com esse ensino que é tão importante em defesa da vida e do ser humano, desde sua concepção”.

Contato com os jovens

Considerado o ‘Padroeiro da Internet’, Carlo Acutis, seria canonizado oficialmente como santo no último dia 25. Por conta de sua imagem agregada ao cenário da modernidade, é esperado que muitos jovens se aproximem da Igreja. Entretanto Dom Joaquim vê este cenário de uma forma mais ampla.

“Precisamos santificar a vida no que fazemos. Ele possuía uma fé profunda, muito jovenzinho, mas de uma fé profunda. Ele trabalhou essa fé com mecanismos tecnológicos e transformou em uma forma de evangelização”, comentou.

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“Mas quem realmente puxa os jovens para a Igreja, é a pessoa de Jesus, pois não há como não se encantar.  Eles gostam dos seus valores, simplicidade. Nunca escutei um jovem falando mal de Jesus. Sempre escuto jovens que às vezes nem participam tanto da Igreja, mas possuem uma admiração muito grande por Ele”. 

Iniciativas de auxílio

Com o número cada vez mais crescente de pessoas em situação de vulnerabilidade nas cidades do litoral de São Paulo, a Diocese de Santos já está colocando em prática métodos que não só consigam tirar as pessoas das ruas, mas que trabalhe a ressocialização. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

“A pastoral tem um método de abordagem e desenvolvimento com a pessoa que esteja na rua. Seja homem, mulher, jovem, mais velho e mais novo, com que ele reflita essa condição e possa recuperar o desejo de viver novamente em uma casa e em uma família”.

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“Em novembro deste ano estamos vendo a possibilidade de realizar um encontro nacional de agentes que trabalham na pastoral de rua com algumas pessoas em situação de rua. Serão umas 70, mais ou menos. Esse é um desejo”, declarou. 

Nomeação

A nomeação de Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães como Bispo Coadjutor da Diocese de Santos aconteceu em 24 de fevereiro de 2025. Até o momento, ele era Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte.

No ofício de Bispo Coadjutor, Dom Joaquim Mol vai colaborar com o Bispo Dom Tarcísio Scaramussa no exercício de suas funções, e será sucessor. 

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Essa ocasião está prevista para acontecer em setembro, quando o atual Bispo Diocesano apresentará uma renúncia do ofício ao Sumo Pontífice, por completar 75 anos, de acordo com o Cân. 401 do Código de Direito Canônico.

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