Santos
Quatro pessoas foram presas em flagrante na Ponta da Praia com dois macacos-prego confinados em condições de maus-tratos graves e sem ventilação
A ação foi resultado de uma denúncia anônima na região / Divulgação/Polícia Civil
Continua depois da publicidade
A Polícia Civil de Santos desarticulou na terça-feira (11) um esquema criminoso de tráfico de animais silvestres no bairro da Ponta da Praia. A operação, conduzida pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) do DEIC, culminou na prisão em flagrante de quatro indivíduos, com idades entre 19 e 71 anos.
A ação foi resultado de uma denúncia anônima e de campana minuciosa. Por volta das 21h30, os policiais monitoravam um edifício na Rua Roberto Sandall quando flagraram a entrega de uma gaiola retirada do porta-malas de um carro. Dentro da gaiola, estavam dois macacos-prego (Sapajus apella), espécie nativa da fauna brasileira.
Continua depois da publicidade
Os animais estavam em condições de maus-tratos graves, confinados por cerca de quatro horas sem comida, água ou ventilação, em meio a fezes e odor forte. O macaco-prego, que pode atingir valores superiores a R$ 5 mil no comércio ilegal, é uma espécie muitas vezes classificada como criticamente em perigo de extinção, revelando um mercado lucrativo para os criminosos.
Durante a abordagem, os policiais constataram a atuação coordenada dos envolvidos, que foram presos pelos crimes de associação criminosa, tráfico de animais silvestres e maus-tratos.
Continua depois da publicidade
A quadrilha incluía o negociador, um pai e filho responsáveis pelo transporte, e uma quarta pessoa que trouxe o articulador do crime de Itanhaém a Santos mediante pagamento via Pix. Um dos indiciados já era reincidente em tráfico de animais e maus-tratos e tentou resistir à prisão. Conversas e fotos encontradas nas redes sociais confirmam a prática criminosa.
Os animais foram imediatamente resgatados e encaminhados para cuidados adequados. Embora a iguana mencionada na denúncia não tenha sido localizada (o comércio ilegal delas chega a R$ 1,5 mil), sua comercialização também está sob apuração.
A Polícia Civil autuou todos os indiciados em flagrante e representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, dada a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública. A ação da 1ª DIG reforça o compromisso da Polícia Civil com a proteção ambiental e o combate ao crime contra a vida silvestre.
Continua depois da publicidade