Santos

PM afirma que evento com educadores na Universal de Santos não teve caráter religioso

Tenente-coronel do 6º BPMI diz que reunião sobre segurança escolar foi organizada exclusivamente pela corporação, sem envolvimento da Seduc

Luna Almeida

Publicado em 08/07/2025 às 19:30

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A reunião foi feita no auditório da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), na Avenida Ana Costa / Nair Bueno/DL

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O comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI), tenente-coronel Fabio Nakaharada, esclareceu que o encontro realizado no dia 26 de junho com educadores no auditório da Igreja Universal do Reino de Deus, em Santos, foi totalmente organizado pela Polícia Militar. 

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A nota de esclarecimento foi enviada à Reportagem após repercussão negativa do evento, que gerou críticas de educadoras da rede municipal e motivou um pedido de investigação no Ministério Público.

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Segundo o oficial, a escolha do templo religioso como local da atividade foi feita por critérios logísticos. O espaço, segundo ele, possui amplo auditório, localização estratégica e estacionamento, características que teriam sido determinantes para acomodar com conforto os diretores de escolas estaduais, além de gestores e supervisores da rede municipal.

Sem viés religioso, afirma PM

O comandante também reforçou que o evento, que abordou temas como plano de contingência escolar e prevenção a ataques em instituições de ensino, não teve caráter religioso. Os conteúdos foram apresentados por profissionais da própria corporação e da Defesa Civil, com palestras teóricas e simulações práticas.

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Nakaharada ressaltou que a iniciativa foi idealizada, planejada e executada exclusivamente pela Polícia Militar, sem qualquer interferência das secretarias municipal ou estadual de Educação. 

Por esse motivo, ele discordou do título de matéria anterior que caracterizavam o evento como sendo da área da Educação.

Repercussão

A reunião gerou controvérsia após denúncias de educadoras que alegaram desconforto com o local escolhido, citando violação da laicidade do Estado e práticas de cunho religioso. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos denunciou que o evento teria começado com uma oração conduzida por um pastor.

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A situação também será levada ao Ministério Público pela vereadora Débora Camilo (Psol), que questiona o uso de um templo religioso para fins institucionais, além de levantar suspeitas de possíveis danos ao erário e violação de direitos dos servidores.

A Secretaria de Educação de Santos (Seduc) já havia informado anteriormente que apenas aceitou o convite por considerar o tema relevante, e que não havia tido conhecimento prévio do local até poucos dias antes da reunião. A Diretoria de Ensino também destacou que o encontro tratou exclusivamente de segurança escolar.

Entretanto, segundo a nota do comandante da PM, fica evidente que a decisão sobre o local e a condução do evento partiu integralmente da corporação militar.

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