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Santos

Píer de acessibilidade a embarcações em Santos é fixado e entra em fase de testes

As obras representam investimento de R$ 6,7 milhões

Da Reportagem

Publicado em 19/11/2023 às 16:30

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Píer tem passarela com guarda-corpo para segurança dos usuários / Divulgação

Terminou nesta sexta-feira (17) a instalação e fixação do píer flutuante que, interligado à Ponte Edgard Perdigão (Ponta da Praia) por uma passarela articulada, permitirá o acesso de cadeirantes às embarcações. Agora, o píer entra em fase de testes antes de ser entregue oficialmente pela Prefeitura.

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Importante espaço esportivo-turístico, a Ponte Edgard Perdigão encontra-se na etapa final do projeto de revitalização que tem por objetivo principal garantir mais segurança e acessibilidade aos usuários. Para não prejudicar a prestação de serviços e o atendimento ao público, a obra foi realizada em etapas.

O local recebe embarcações particulares de passeio e de pesca, além das escunas que fazem passeios turísticos e as barcas responsáveis pela travessia para a Praia do Góes, o bairro de Santa Cruz dos Navegantes e para a Fortaleza da Barra, em Guarujá.

Integrado por duas plataformas em concreto armado, o píer é formado por duas peças, totalizando 4,8m de largura, 12m de comprimento e 1,05m de altura, com peso aproximado de 24 toneladas, descreve o engenheiro civil Nilson Barreiro, da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), responsável pela supervisão e acompanhamento das obras.

 

SEGURANÇA

O píer flutuante de acessibilidade inclui uma passarela de aço dotada de guarda-corpo, obedecendo às normas da Marinha; piso em madeira tratada e antiderrapante; cinco poitas de concreto, cada uma com 3,5 toneladas e respectivas correntes de ancoragem.

Poita é um bloco de concreto destinado a fundear um barco ou uma construção, mantendo-os em uma determinada posição. Essa peça, que funciona como uma âncora, é a principal responsável por pescarias na modalidade apoitada, já que é ela que segura o barco.

“Os dois flutuantes, preenchidos com EPS, são revestidos por uma camada de concreto e não dispõem de nenhuma parte oca”, explicou Barreiro. Com isso, dificilmente afundam, mesmo em caso de eventual rompimento das paredes por choques. EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido. Cada flutuante conta com quatro alças em aço inox para a ancoragem e fixação das correntes às poitas.

 

PROJETO

As obras tiveram por objetivo principal o reforço estrutural das estacas do atracadouro, tendo em vista o crescente volume de passageiros, e assegurar amplo acesso a quem tem mobilidade reduzida.

Os serviços, iniciados com o reforço estrutural das 56 pilastras de sustentação da ponte, a cargo de mergulhadores, foram interrompidos em períodos de chuvas, ressacas e movimentações de maré, por questões de segurança. “O trabalho subaquático foi a parte mais importante da obra e norteou todo o reforço da parte estrutural”, comentou o engenheiro.

O projeto envolveu também substituição do piso de madeira por concreto no atracadouro; demolição de uma das escadas para construção de dois sanitários acessíveis; renovação dos sistemas elétrico e hidráulico; construção de bancos em concreto e de uma escada em concreto armado, interligando os pisos térreo e superior, substituindo a antiga estrutura metálica.

A fachada foi revestida com pastilhas de porcelana e o 1º andar ganhou esquadrias, pergolado de madeira e guarda-corpo em aço inoxidável. Já a área dos dois píeres de atracação conta com 30 postes com lâmpadas de LED.

Do projeto da Prefeitura consta ainda modernização do elevador e, no espaço externo da entrada da ponte, bicicletário em inox e um conjunto de chuveiro e lava-pés nas proximidades.

O prédio já conta com painel decorativo no pórtico de entrada; painel artístico com 200 peças de cerâmica, moldadas manualmente, reproduzindo o cenário marinho da baía de Santos, confeccionado e doado pela artista plástica Maria Angelica Amat Dias, proprietária do ateliê Morro do Bambu; itens da comunicação visual e pisos podotáteis.

 

INVESTIMENTO

O projeto original da Ponte Edgard Perdigão é de autoria do arquiteto Carlos Prates, que avalizou o processo de revitalização. As obras representam investimento de R$ 6.717.378,97, sendo R$ 5.272.123,07 provenientes do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos), do governo estadual, e o restante do orçamento municipal.

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