24 de Abril de 2024 • 03:20
Santos
O Orquidário Municipal de Santos comemora hoje 73 anos. Sua história começa em 1945, após sete anos da morte de Júlio Conceição, considerado o primeiro orquidófilo do Brasil.
O Orquidário Municipal de Santos comemora hoje 73 anos. / Nair Bueno/DL
O Orquidário Municipal de Santos comemora hoje 73 anos. Sua história começa em 1945, após sete anos da morte de Júlio Conceição, considerado o primeiro orquidófilo do Brasil. Colecionador de inúmeros exemplares de árvores e plantas exóticas, manteve 90 mil orquídeas em sua propriedade, mas quando morreu a chácara foi loteada e seu acervo de plantas entregue à Prefeitura, como era o desejo dele.
Para abrigar a coleção, o prefeito de Santos à época, Sr. Antônio Gomide Ribeiro dos Santos, solicitou um estudo para a construção de um novo parque no Bairro do José Menino, quando o então Orquidário foi entregue à população santista. Desde então, é o destino de muitas famílias que, culturalmente, passam a beleza e a calmaria do parque de pais para filhos.
Logo na entrada já é possível sentir um clima mais fresco devido ao número de árvores e plantas que moram por ali. O som dos carros vai dando espaço para o canto dos pássaros e das quedas d´água. Aos poucos os visitantes vão se adaptando à vida animal e passam a andar mais devagar para não assustar os animais que, vez ou outra, atravessam de um canteiro a outro sem se importar com a presença humana.
O orquidário tem um ambiente tão leve que o guarda municipal Paulo de Tarso trabalha lá há 37 anos sem sequer pensar em sair, garante. Ele é o funcionário mais antigo do parque, prestando serviços desde 1981.
“Eu amo esse lugar, a melhor coisa é poder trabalhar perto da natureza”, diz ele, responsável principalmente pela vistoria do viveiro e das orquídeas, 3.500 no total, 120 espécies de animais e 1.500 árvores e arbustos.
Trilha do Mel
A Trilha do Mel é ladeada por seis colmeias de iraí, jataí, mandaçaia, mandurim e mirim, de abelhas silvestres sem ferrão. Já no jardim sensorial, o caminho é formado por vários tipos de solo, como brita, areia e paralelepípedo.
Manutenção
Com o tempo, algumas obras precisaram ser feitas. Nos últimos dois anos, de acordo com a Prefeitura, foram reformados portões e gradis de acesso, viveiro, o playground ganhou novo piso, entre outras. Já a reforma do lago, do prédio da educação ambiental e do recinto onde ficam os jacarés ainda está em andamento.
Em maio do ano passando o DL publicou uma matéria relatando alguns problemas encontrados no Orquidário durante uma vistoria com vereadores, como falta de segurança, ausência de funcionários e diminuição na verba. A manutenção havia se tornado deficitária desde 2015, quando passou a ser gerida pela secretaria de Meio Ambiente e não mais pela de Turismo.
Em junho de 2017, a Câmara aprovou o projeto de lei que institui o Fundo Especial para Desenvolvimento dos Parques (FEPAR), que tem como objetivo prover recursos para custeio de ações de manutenção, conservação, desenvolvimento, modernização e aprimoramento dos parques sob gestão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).
Questionada sobre como o fundo tem auxiliado na manutenção do orquidário, a assessoria da prefeitura respondeu que a Secretaria de Meio Ambiente tem realizado intervenções nos três parques: Aquário, Jardim Botânico e Orquidário, de acordo com as indicações dos respectivos coordenadores e atenta à arrecadação.
Em relação ao custo anual de manutenção do parque, informou que precisaria levantar os dados e que até o fechamento desta reportagem não teria tempo hábil.
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