Santos

Ônibus podem ganhar sinalização sonora para ajudar deficientes

Projeto de lei da vereadora Audrey Kleys nasceu após ela ter assistido a um trabalho de conclusão de curso

LG Rodrigues

Publicado em 21/12/2020 às 12:00

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Ônibus de Santos podem ganhar sinalização sonora para auxiliar deficientes visuais / Nair Bueno / Diário do Litoral

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Um trabalho de conclusão de curso da ETEC Escolástica Rosa inspirou a criação de um projeto de lei que pode gerar uma grande mudança no transporte público de Santos com a inclusão de sistema sonoro nos ônibus para auxiliar os passageiros que possuam deficiências relacionadas à visão.

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O projeto de lei 251/2019 almeja autorizar a instalação do sistema de sinalização sonora para deficientes visuais nos meios de transporte coletivo no município de Santos. O texto de Kleys dá ao Executivo, ou seja, a Prefeitura de Santos, a incumbência de tornar obrigatória a instalação de um sistema sonoro nos ônibus com o objetivo de auxiliar os deficientes visuais.

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Todo o PL teve origem devido a um trabalho de conclusão de curso de estudantes da Escola Técnica Escolástica Rosa. Convidada para assistir à apresentação, a vereadora se inspirou na proposta para criar o projeto com a ajuda de sua equipe de assessores.

“Presenciei o trabalho de conclusão de curso técnico de logística pelos alunos Alex Sander de Souza, Carla da Silva Ribeiro, Juliana Entenza Santos e Rúbia do Amaral Ferreira Conceição com o tema 'dispositivo sonoro para deficientes visuais em transporte público' e visa proporcionar maior acessibilidade aos portadores de deficiência visual nos meios de transporte", afirma Audrey em sua justificativa.

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A parlamentar afirma que o projeto é semelhante ao que já existe nos metrôs da capital paulista. Anexada à justificativa de seu projeto, Audrey inseriu o trabalho escrito dos estudantes em questão. 

Em seu projeto educacional, os alunos envolvidos fizeram um paralelo com os semáforos sonoros que existem em algumas cidades e que possuem um sistema de transmissão via rádio que permite que deficientes visuais tenham autonomia para utilizar os ônibus. Eles recebem do órgão público competente um transmissor onde podem cadastrar a linha desejada. Quando o coletivo da linha escolhida se aproxima do ponto de ônibus, esse transmissor emite um sinal para um receptor que ficar no ônibus próximo ao motorista e o avisa de que há um deficiente visual no próximo ponto. Ele então aciona um alto-falante com o nome da linha para alertar o deficiente.

"Por existir variadas linhas de ônibus no município de ônibus da Piracicabana, nosso dispositivo sonoro funcionará via GPS, transmitindo assim as informações como: nome da rua e o ponto de referência, tudo em tempo real. Porém, será necessário um suporte de uma segunda empresa especializada neste serviço para que tudo ocorra como o planejado", escreveram os estudantes em seu relatório.

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Para realizar uma coleta de dados e aperfeiçoar a proposta, os alunos realizaram entrevista com deficientes visuais que frequentam o Lar das Moças Cegas, em Santos. Segundo as considerações finais dos autores, o resultado foi satisfatório, especialmente no que se refere às pessoas que contribuíram com os dados. Além disso, o relatório resultou na verificação de que a maioria dos deficientes visuais utilizam os ônibus sozinhos, o que destaca a importância da adoção de algum tipo de sistema para auxiliar este público.

“Para muitos deficientes, a falta de acessibilidade ainda é um dos maiores obstáculos. De acordo com dados da página do programa Santos Acessível, 22 % da população têm alguma deficiência e deste número, 54% são deficientes visuais. Parabéns aos estudantes que deram um exemplo de cidadania e agradeço por poder representá-los no Legislativo”, conclui Audrey.
O projeto de lei 251/2019 se encontra atualmente aguardando pautação na Diretoria Legislativa, e ainda não tem data para passar pela primeira ou pela segunda discussão no plenário da Câmara dos Vereadores de Santos.

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