X

Santos

Navio histórico pode afundar e provocar riscos ambientais no Porto

Construído e lançado ao mar em 1966, o navio era utilizado para pesquisas oceanográficas e apresenta estado crítico de conservação

Folhapress

Publicado em 11/07/2020 às 15:52

Atualizado em 11/07/2020 às 15:52

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O Professor W. Besnard virou motivo de preocupação no Porto de Santos / DIVULGAÇÃO/IBAMA

Atracado desde 2008 no Porto de Santos, Professor W. Besnard corre risco de afundar e e provocar riscos ambientais. Construído e lançado ao mar em 1966, o navio era utilizado para pesquisas oceanográficas e apresenta estado crítico de conservação.

O principal temor do Ibama e da Santos Port Authority (SPA), responsável pela gestão portuária, é de que a embarcação possa acarretar impactos ambientais e sérios prejuízos para o canal de navegação do porto, que já sofre com a redução da profundidade.

No último ano, a falta de condições para atracação gerou sobrestadia -multa cobrada por exceder o tempo de permanência em um porto conforme estipulado na carta-partida.

"Se a situação piorar, a embarcação poderá ir para o meio do canal e causar um prejuízo enorme a navegação. A maior preocupação, claro, é com o impacto ambiental. Hoje ele é um risco por completo", disse a agente ambiental Ana Angélica Alabarce, chefe do Ibama em Santos.

O problema foi detectado na última semana após uma vistoria realizada pela SPA em conjunto com o Ibama. Na ocasião, verificou-se um processo de adernamento, ou seja, de inclinação para um dos lados da embarcação.

A situação piorou devido a uma grande quantidade de água acumulada em razão de um furo ou fissura. O navio apresenta sinais de abandono, com uma série de buracos ocasionados por corrosões, além de diversos pontos de ferrugens e musgos.

"O navio está em situação deplorável, totalmente sucateado. Facilmente uma chuva ou a movimentação de um navio maior poderia acarretar no tombamento completo. Estamos tentando conter", explicou Alabarce.

Para a operação foram instaladas barreiras e contratado um equipamento específico, vindo do Rio de Janeiro, para a retirada de água. Há tensão pela possibilidade de vazamento óleo.

"Desde 2018 cobramos a retirada do navio do cais, pois seria necessário muito dinheiro para recuperá-lo. É um processo muito lento, não temos respostas do proprietário", afirma a agente do Ibama.

Ainda não há previsão para o encerramento dos trabalhos. A operação é realizada em conjunto com a Marinha.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Assassino é preso tentando embarcar em cruzeiro saindo de Santos

O navio tinha destino à cidade de Málaga, na Espanha

Cotidiano

Principais rodovias do Estado apresentam congestionamentos nesta manhã

Condições de tráfego desta segunda-feira (18) foram apresentadas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP)

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter