08 de Outubro de 2024 • 06:02
DEFESA PESSOAL
Durante a aula de defesa pessoal, as mulheres aprenderam técnicas básicas de como agir em situações perigosas e como prestar atenção aos sinais de possíveis ataques
DEFESA PESSOAL INCLUSIVO PARA MULHERES SURDAS / CARLOS NOGUEIRA
Na manhã do último sábado (24), 13 mulheres participaram de uma aula especial do curso de defesa pessoal 'Eu me Defendo', no Centro Esportivo Rebouças (Ponta da Praia). A edição, alusiva à Semana Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e ao Dia Internacional da Pessoa com Surdez (30 de setembro), contou com a participação de mulheres residentes em Santos, com idade maior de 18 anos, com ou sem deficiência.
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Durante a aula de defesa pessoal, as mulheres aprenderam técnicas básicas de como agir em situações perigosas e como prestar atenção aos sinais de possíveis ataques. "A prática das lutas também ajuda na agilidade, capacidade física, força, resistência, coordenação motora e equilíbrio. Melhora também autoconfiança e autocontrole, além de aumentar a autoestima e o conhecimento próprio, para ter mais confiança ao se deparar com algum tipo de violência", disse o professor de caratê da Secretaria Municipal de Esportes (Semes), Fábio Abreu.
O curso também mostra que, com treinamento e técnicas corretas, é possível que uma pessoa, mesmo sendo de menor estatura e mais fraca fisicamente, consiga se defender de um agressor mais forte e maior. "A prática de uma arte marcial ou de uma luta desenvolve na mulher o "Zanshin", expressão japonesa que significa estado de constante alerta, tornando-as mais preparadas para evitar ou se defender de uma eventual agressão", explicou Fábio. A aula também foi ministrada pela ex-atleta de muaythai e brazilian jiu-jitsu, Allane Pinheiro, e teve a participação de intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Para a funcionária pública Anna Luíza, o curso é de extrema importância para que todas as mulheres possam se defender de uma possível situação de violência. "Escutamos e vemos tantas histórias de mulheres que são agredidas em casa e nas ruas, que decidi participar e aprender algumas técnicas para saber lidar se algo acontecer. Claro que o ideal é evitar o confronto físico, mas por precaução, é bom saber se defender", falou.
CURSO
O curso de defesa pessoal para mulheres "Eu me Defendo" teve início em 2019. Em 2021 a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, ampliou a atividade para as mulheres com deficiência: "Defesa pessoal inclusiva para mulheres com deficiência". Já foram realizados cursos para cadeirantes, mulheres com deficiência visual e auditivas.
Para a coordenadora de Políticas para a Mulher, Diná Ferreira, a atividade tem como principal objetivo fortalecer a autoconfiança e mostrar a essas mulheres que elas podem sair de uma situação de violência. "Não estamos ensinando as mulheres a lutar contra os agressores. Estamos mostrando como elas podem sair de uma situação de violência física, seja ela doméstica ou na rua", explicou.
A atividade foi uma iniciativa das coordenadorias de Políticas para a Mulher (Comulher) e de Defesa de Políticas para Pessoa com Deficiência (Codep), ambas da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher) da Prefeitura de Santos.
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