Instituto Procomum realiza Seminário "Filantropia Raiz", nesta quinta-feira (21), em Santos

Discutir o papel da filantropia como instrumento de transformação e de redução das desigualdades quando praticada pelas comunidades é o objetivo do “Seminário Filantropia Raiz: A Força das Comunidades Que Fazem”, iniciativa do Instituto Procomum (IP) que será realizada nesta quinta-feira (21), das 10h às 18h, na sede da organização (R. Sete de Setembro, 52 - Vila Nova), em Santos.

O seminário integra a  programação do Mês da Filantropia Que Transforma, promovido pelas organizações da Rede Comuá, que agrega organizações que trabalham com filantropia e justiça social. A programação conta  com rodas de conversa  que reúnem representantes de organizações  associativas e financiadoras do campo da filantropia como Grupo de Instituições, Fundações e Empresas (GIFE), Rede Comuá, Thousand Currents e representantes de organizações de base comunitária que trabalham para que os recursos circulem e cheguem às pessoas que atuam no fortalecimento cidadão.

A programação prevê também uma apresentação de maculelê do Coletivo Afroketu, do Guarujá, além de uma feira de iniciativas comunitárias. O Seminário é gratuito, aberto ao público  e vai marcar ainda a inauguração da nova fachada do Lab Procomum e a celebração do recém-completado 7º aniversário do Instituto, que desde 2016 já realizou mais de 1000 atividades de formação, chamadas públicas, apoio a projetos e coletivos e lideranças comunitárias, dinamizando a região da Baixada Santista.

“Quando falamos em filantropia, normalmente associamos a ações ligadas a grupos empresariais ou famílias herdeiras, que resolvem investir no campo social. O que vamos discutir é que a filantropia é uma prática muito mais ampla.  No caso do Instituto Procomum, a perspectiva de filantropia comunitária parte do pressuposto de que quem sabe as soluções são as pessoas que vivem os problemas diariamente. Além  de repasse monetário, fazemos um investimento nas próprias comunidades para que possam fortalecer  suas ações a partir de seus saberes, visando a própria transformação e a redução das desigualdades”, resume Georgia Nicolau, cofundadora e diretora de recursos e institucional do IP.
 

Programação

A abertura do Seminário acontece às 9h, com uma apresentação de maculelê do Coletivo Afro Ketu, do Guarujá. Em seguida acontece a abertura oficial (10h30), seguida da primeira roda de conversa, “Quais entendimentos existentes sobre filantropia? E o que entendemos por uma filantropia realizada pelos territórios e suas comunidades”.

Participam deste primeiro encontro (das 11h às 12h30) Monica Ribeiro, consultora de comunicação da Rede Comuá; Inês Lafer, idealizadora do fundo filantrópico Confluentes (São Paulo-SP), diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer e presidente do conselho do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE);  Julie Lua, poeta, estudante de Serviço Social e idealizadora da Biblioteca Conto de Fadas Periférico (Praia Grande - SP); e Ronaldo Eli, representante do quilombo Sítio das Matas (BA). A mediação será de Georgia Nicolau, do IP.

Já a segunda roda de conversa (das 14h às 15h30) terá como tema “Filantropia, Território e Bem Viver - Existe relação entre filantropia e bem viver? Ou pode ter?”, reunindo Roberta Ribeiro, vice-presidente do Coletivo AfroTu e fundadora do Coletivo Mulheres Grandes Guerreiras (Santos-SP); Taynara Dias, articuladora social e coordenadora de projetos do Instituto Chegados (São Vicente-SP); Sandra Silva, diretora regional da Thousand Currents, organização internacional sediada nos EUA que fornece recursos a comunidades, grupos de base e movimentos sociais na África, Ásia, Oceania e América Latina; e Paola Lima, da Casa Fluminense, instituição que constrói coletivamente políticas e ações públicas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RJ). A medição será de Natasha Mendes Gabriel, do Instituto Elos.

Por fim,  às 16h, ocorre a leitura do resumo dos encontros e o encerramento do Seminário, com a equipe do Instituto Procomum.

Redes de colaboração

Por meio de seu laboratório de inovação cidadã, criado há seis anos, o LAB Procomum, o Instituto estimula soluções elaboradas por pessoas que conhecem os problemas cotidianos na prática. O espaço contribui para a criação de redes de colaboração, a partir de comunidades de prática, e da ativação de projetos e parcerias que contemplam demandas e soluções almejadas desde os territórios.

A partir de 2022, o Instituto Procomum passou a integrar também a Rede de Filantropia e Justiça Social, hoje conhecida como Rede Comuá, que reúne organizações que atuam no campo da filantropia, mas comprometidas com a justiça social e defesa dos direitos.