Santos

Indignado com praias cheias, Paulo Alexandre pode pedir apoio da PM para feriadão

Cenas registradas no fim de semana assustaram moradores e autoridades que lutam para controlar a pandemia do novo coronavírus

LG Rodrigues

Publicado em 31/08/2020 às 13:00

Atualizado em 31/08/2020 às 21:27

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Indignado, prefeito de Santos afirma que deverá estudar novas medidas com os outros oito prefeitos da Região / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

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Indignado com a quantidade de pessoas sem máscara nas praias da cidade nos últimos dias, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) afirma que deverá pedir apoio à Polícia Militar e ampliará a fiscalização feita por parte da Guarda Civil Municipal de Santos para evitar que o próximo fim de semana, que tem um feriado, repita o mesmo cenário encontrado nas praias da Baixada Santista neste sábado (29) e domingo (30). A informação foi concedida pelo chefe do Executivo santista durante entrevista concedida no fim da manhã desta segunda-feira (31) a uma emissora de TV.

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Durante todo o último fim de semana de agosto, fotos e vídeos circularam pelas redes sociais mostrando praias lotadas pelo menos em Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá. As imagens repercutiram em todo o Brasil. Nelas, é possível ver que uma quantidade expressiva de banhistas não utilizava máscaras ou mantinham o distanciamento social de 1.5 metros estipulado pelas autoridades sanitárias de todo o mundo.

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A situação foi agravada, ainda, pelo alto número de pessoas que decidiram descer a serra durante os dois dias de forte calor e tempo ensolarado sem nuvens. De acordo a Ecovias, concessionária responsável por administrar o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), aproximadamente 200 mil veículos deixaram a Capital paulista em direção ao litoral entre sexta (28) e o início da noite de domingo.

"Tivemos um fim de semana de tempo muito bom, as praias receberam mais gente e nós liberamos a faixa de areia para prática de exercícios físicos, não foi permitido o uso de guarda-sol e cadeiras. É importante que as pessoas respeitem as regras para evitar aglomerações, a pandemia não acabou", afirma Paulo Alexandre.

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O prefeito de Santos acredita que os avanços da Baixada Santista dentro do Plano SP, criado pelo Governo do Estado e que utiliza cinco critérios estipulados para que as regiões sejam reclassificadas de fase durante o período da pandemia permitindo uma retomada maior ou menor das atividades comerciais dependendo de como o coronavírus está afetando a região, podem ter gerado as cenas registradas por moradores no fim de semana.

 

"Talvez as notícias dadas nestes últimas semanas e meses foram positivas, de avanço, números melhores, mas isso não pode ser confundido com o fim da pandemia. Pandemia segue, temos milhares de casos na região, óbitos na região, internações na região", explica.

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Claramente cansado da rotina de repetir as mesmas informações, Paulo Alexandre afirma que, mesmo exaustivo, o método ainda é o mais indicado.

"Acho que quanto mais repetição das informações que tivermos, melhor, mas estamos há quase seis meses nessa pandemia e não é possível que as pessoas não saibam que tem que usar máscaras, que as regras de distanciamento têm que ser cumpridas, que utilizar álcool gel virou regra. Isso já foi dito pelas autoridades, pela imprensa e estamos repetindo à exaustão. Agora sim, vamos ampliar a fiscalização da Guarda Municipal e solicitar também o apoio da Polícia Militar para que possamos fazer um trabalho ainda mais efetivo, mas não há repressão que resolva, o caminho é da conscientização, as pessoas têm que saber que ao fazer aglomeração e descumprir as regras ela pode estar levando a doença para dentro de sua própria casa e colocando erm risco seu avô, seu pai, seus familiares e isso é tudo que a gente não quer", diz.,

O prefeito de Santos e principal autoridade dentro do Condesb, afirma que o grupo do qual os outros oito prefeitos da Baixada Santista também fazem parte, realizará uma reunião ainda durante esta semana para debater o feriado de 7 de setembro, que será celebrado na próxima segunda-feira.

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"Estamos estudando várias alternativas e vamos fazer uma reunião do Condesb nesta semana, mas eu repito: o principal é a conscientização das pessoas, o uso de máscaras. É inadmissível a Guarda Municipal ter feito mais de mil abordagens às pessoas que não estavam usando máscaras, as pessoas têm que saber. Vamos estudar as alternativas, mas a ampliação da fiscalização, a obrigatoriedade do uso de máscara é fundamental. As pessoas têm que saber que as regras têm que ser respeitadas. Mais do que proibição e vedação de acesso é a conscientização, mas vamos estudar no Condesb alternativas para evitar que aconteça algo como ocorreu neste último fim de semana no próximo de fim de semana prolongado", conclui.

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