26 de Abril de 2024 • 21:16
A confusão que ocorreu na semana passada, dia em que as duas bandas desfilaram por trajetos distintos pelas ruas de Santos, foi o estopim para que a Polícia Militar solicitasse o fim dos desfiles das bandas na cidade / Francisco Arrais/Prefeitura de Santos
Após a confusão generalizada que culminou com a expulsão das bandas da Vila Belmiro e Dragões do Saboó do Carnabanda de Santos, presidentes dos grupos estão se unindo para cobrar da Prefeitura mais segurança para a realização do evento.
“A decisão de cancelar as bandas foi lamentável, uma vez que a questão de segurança pública não é de responsabilidade dos idealizadores. Principalmente pelo fato dos desfiles fazerem parte do calendário oficial da Prefeitura”, conta Elton Dias, presidente da Banda da Vila Belmiro.
De acordo com ele, o apoio do Poder Público caiu desde o ano passado. “Não teve guarda municipal nos acompanhando e só tinha uma viatura da polícia abrindo o desfile. É um absurdo sermos responsabilizados e penalizados por algo que foge do nosso controle”, afirma.
Outra reclamação que deverá ser debatida entre todos os presidentes de grupos carnavalescos da cidade após o Carnaval 2018 é a obrigatoriedade da assinatura de uma declaração de responsabilidade civil e criminal por quaisquer danos pessoais ou patrimoniais causados por terceiros durante as apresentações.
“Saímos da Setur com um papel falando do horário que devemos cumprir e todas as punições que estamos sujeitos. Temos, inclusive, que contratar três seguranças. O mínimo que esperamos em troca é o respaldo de segurança da Prefeitura e da Polícia Militar, o que não aconteceu”, afirma Júlio César Novaes, presidente da Dragões do Saboó.
A confusão que ocorreu na semana passada, dia em que as duas bandas desfilaram por trajetos distintos pelas ruas de Santos, foi o estopim para que a Polícia Militar solicitasse o fim dos desfiles das bandas na cidade.
O desfile da banda Dragões do Saboó terminou em confusão na madrugada. A Polícia Militar foi chamada para conter o tumulto e, segundo o comando do Sexto Batalhão de Polícia Militar do Interior, foi necessário o uso de munições químicas (bombas de efeito moral) contra o grupo que atacou os policiais com pedradas e garrafadas. Segundo o comando da PM, após o término do desfile da banda, cerca de 800 pessoas iniciaram baile funk pela Rua Maria Mercedes Fea, interditando a via, e o COPOM recebeu mais de 20 solicitações de pertubação de sossego.
De acordo com Júlio, as obrigatoriedades foram cumpridas e o desfile acabou no horário estabelecido na autorização da Prefeitura. “Não somos responsáveis pelo o que acontece após o fim do desfile. Eu inclusive já estava em casa quando recebi mensagens falando da confusão. Vamos recorrer e lutar pelos nossos direitos, pois a comunidade do Saboó não merece ficar sem essa diversão”, finaliza.
Sobre a segurança, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Santos respondeu que “a Guarda Municipal apoia o desfile das bandas de carnaval com uma viatura e quatro profissionais da GM”. Perguntada ainda quanto à possibilidade de aumento do efetivo da GM e solicitação de reforço à Polícia Militar nos desfiles, após as ocorrências envolvendo as duas bandas, a Administração nada respondeu.
Em relação ao trânsito, “informamos que a CET promove as interdições nos pontos de concentração das bandas. No dia do desfile, entre três e seis agentes de trânsito fazem o acompanhamento do percurso.
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