Com isso, as nove cidades poderão entrar em uma fase de flexibilização e reabertura de parte do comércio é autorizada / Reprodução / Youtube
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A Baixada Santista foi reclassificada para a Zona Laranja. Com isso, todas as nove cidades atingidas pela pandemia do novo coronavírus recebem permissão das autoridades sanitárias do Governo do Estado para reabrir alguns serviços que não sejam considerados essenciais desde que diversas normas de higiene e distanciamento social sejam mantidas. O anúncio foi feito no começo da tarde desta quarta-feira (10) durante a entrevista coletiva concedida pelo governador João Doria e seus secretários.
A mudança atende às expectativas dos nove prefeitos da Região e ocorre após o balde de água fria da primeira semana de junho, quando eles aguardavam que já seriam retirados da Zona Vermelha, que implica no nível de isolamento social mais rígido possível. A manutenção motivou indignação por todos os chefes do Executivo caiçara e levou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa a visitar as autoridades estaduais para tentar reverter a situação.
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O anúncio de que a Baixada Santista passou a integrar a Zona Laranja, junto, agora, à Região Metropolitana de São Paulo, a Capital e o Vale do Ribeira, se deu após as autoridades sanitárias sob o comando de João Doria terem detectado uma estabilização no número de novos infectados nas cidades do litoral assim como nos índices de leitos de UTIs ocupados por pacientes que contraíram o coronavírus.
"Como já era de se esperar, porque a Capital entrou primeiro na pandemia e começou a sair primeiro, houve uma melhora na Região Metropolitana como um todo, na Baixada Santista e no Vale do Ribeira e todos eles juntos agora se tornam em uma região que passa para a fase de controle, ou seja, a fase laranja, onde está autorizado o início da retomada gradual principalmente de comércio e serviços com limitação de capacidade de atendimento, de horário de funcionamento e a exigência da aplicação de protocolos de higiene e distanciamento", afirmou a secretária de desenvolvimento econômico, Patrícia Ellen.
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Ainda durante sua fala, ela mandou um recado para os prefeitos da Baixada Santista e afirmou que a mudança no ranqueamento da Região só foi possível devido à atuação dos governos municipais durante os últimos 90 dias.
"Lembrando aqui que é controle e isolamento social é chave nesse processo. Esse cenário só se garante com a cooperação da população e a liderança também dos prefeitos junto ao Governo do Estado", explicou.
O secretário de desenvolvimento social, Marco Vinholi, afirmou que a medida foi importante pois significou que uma parcela grande da população deixou uma área de grande risco e agora poderá começar a se preparar para retomar parte da rotina de antes da pandemia.
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"Esse quadro representa a migração de 26% da população do Estado, 11.4 milhões de pessoas, saindo da fase vermelha e vindo para a fase de controle, a fase laranja. Nós estamos, com isso, com uma retração da pandemia na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, ou seja, através do isolamento social, através da prática da utilização de máscaras. A epidemia desacelerou tanto em número de casos, de óbitos, e em número de internações na Baixada Santista e no Vale do Ribeira".
Já no caso das cidades vizinhas à Capital São Paulo, Vinholi destacou que a reclassificação para a Zona Laranja se deu após um trabalho de aperfeiçoamento na estrutura da saúde com novos leitos.
"Aqui na região metropolitana de São Paulo [houve] um grande avanço pela construção de uma capacidade hospitalar que desse segurança para que eles pudessem fazer essa retomada consciente. Nós aumentamos, em 15 dias, 40% da capacidade hospitalar da região metropolitana. Em todas as sub regiões nós conseguimos fazer esse avanço o que significaram 304 novos leitos de UTI".
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A Zona Laranja passará a valer em caráter oficial a partir da próxima segunda-feira (15). A medida se dá para que os municípios possam ter alguns dias a mais para se preparar e retomar suas atividades da maneira mais cautelosa possível para resguardar a saúde da população.
"Registramos aqui, desde o início, a quarentena de 15 dias, portanto, ela se finda no domingo e na segunda-feira começa um novo momento e os prefeitos têm amanhã, depois, sábado e domingo para editar seus decretos e preparar seus comércios mesmo que já tenham dialogado. Esse período é essencial para que voltemos de forma graduada, cautelosa e termos a segurança das pessoas estabelecidas", conclui Vinholi.