Pesquisa DL/Opinião ouviu 415 pessoas entre os dias 9 e 11 de maio. População cita, em levantamento, preocupações em diversas áreas e também com a Administração / Matheus Tagé/DL
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A falta de segurança e de policiamento é a principal preocupação do santista. Isto é o que aponta a pesquisa feita pelo Instituto Opinião Pesquisa, Análise e Consultoria Ltda a pedido do Diário do Litoral.
A pesquisa ouviu 415 pessoas entre os dias 9 e 11 de maio. A margem de erro para o total da amostra é de 4,9%, para mais ou para menos, considerando-se o coeficiente de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada com o número SP-02188/2016 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Para os entrevistados, 21,2% acreditam que a falta de segurança e ausência de policiamento é o principal problema de Santos e que este fator é o que mais prejudica a vida dos munícipes.
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Em segundo lugar está a precariedade na saúde pública, com 18,6%. Um dos principais equipamentos da área que tem sofrido críticas é a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central.
No último dia 13, o Diário do Litoral publicou uma reportagem onde o médico Anderson Silva Mendes relata a fragilidade do equipamento. O profissional foi quem localizou , acidentalmente, um paciente morto no banheiro da unidade, segundo ele acredita, por conta das características do corpo e da ocorrência, por infarto fulminante.
Mendes também relatou falta de várias medicações e que o sistema de informatização dos consultórios e sala de medicação não funcionava como o prometido na inauguração do equipamento.
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Em terceiro lugar estão as enchentes e os alagamentos, com 12,3%. O problema não é novo na cidade e atinge, principalmente, a entrada de Santos e a Zona Noroeste.
Em 2013, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) deu prosseguimento ao projeto Santos Novos Tempos. As obras de macrodrenagem prometiam acabar com as históricas enchentes da Zona Noroeste, conter encostas de morros e construir moradias para famílias que vivem em áreas de risco.
À época, o chefe do Executivo disse que, em dois anos e meio, as obras seriam entregues à população da Zona Noroeste. Entretanto, o projeto sofreu diversos atrasos e ainda não foi concluído.
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O Ministério Público Federal abriu uma investigação em março para apurar possíveis irregularidades no desenvolvimento e execução do Programa Santos Novos Tempos. O procurador da República Thiago Lacerda Nobre instaurou inquérito civil público para apurar de forma minuciosa onde e como foram aplicados os US$ 24,5 milhões destinados à primeira fase do programa.
Na sequência está a preocupação com o excesso de trânsito e a desorganização, com 9,4% dos entrevistados. O desemprego ocupa a quinta colocação, com 6,3%.
A má conservação das vias e os buracos, com 4,6%. Recentemente, a Prefeitura de Santos mapeou as ruas da cidade e estabeleceu um cronograma de pavimentação que prevê atingir a marca de 235 vias até o final do ano.
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Segundo a Administração, é a primeira vez que Santos realiza intervenções dessa amplitude na infraestrutura do município.
A iniciativa, em execução há pouco mais de três anos, abrange 27 bairros, beneficiando 334,5 mil moradores.
Outros problemas citados são o transporte (lotação, custo e frequência), alto custo de vida, limpeza pública e lixo nas vias, moradores de rua e falta de abrigo, falta de habitação popular, má qualidade da educação e carência de iluminação pública.
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Também houveram críticas à Administração como a má gestão (1,5%), corrupção e desvio de verbas (1%), obras inacabadas e desnecessárias (0,7%) e falta de infraestrutura na cidade (0,7%).
Já 4,8% dos entrevistados apontaram outros problemas. Para 4,1% dos ouvidos no levantamento não há nenhum problema no município. Outros 2,4% dos entrevistados não souberam responder.
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Hoje, em sua opinião, qual é o principal problema da cidade
de Santos que mais prejudica a vida de seus moradores?
População anseia por mudanças na gestão
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No início da última semana, o Diário do Litoral publicou os primeiros números da pesquisa sobre o cenário eleitoral de Santos feita pelo Instituto Opinião Pesquisa, Análise e Consultoria Ltda.
Os números mostraram que o eleitor de Santos quer mudança na administração municipal. O levantamento apontou que 52% dos entrevistados desejam uma nova administração, enquanto 33% optaram pela continuidade.
Os que são indiferentes somam 5% e os que não souberam opinar, 10%.
Já entre escolher um candidato da situação e outro da oposição, os entrevistados ficaram dividos, sendo que 36% preferem a situação e 35% um candidato opositor. Na pesquisa, 11% são indiferentes e não souberam responder, 18%.
Prefeito
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) lidera a pesquisa estimulada para candidato a prefeito. O tucano obteve 40% das intenções de voto. Ele é seguido por Telma de Souza (PT) com 18% e Marcelo del Bosco (PPS), com 10%. Na sequência estão Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB), com 6%, e Evaldo Stanislau (Rede), com 3%.
Já o número de pessoas que pensa em anular o voto nesse cenário é de 16%. Indecisos somam 7%.
O vereador pelo PPS aparece em primeiro lugar entre uma segunda opção de voto, com 16,63%. Depois seguem Banha (13,49%), Telma (9,16%), Paulo Alexandre (7,47%) e Evaldo Stanislau (5,06%). Neste cenário, a pesquisa aponta que os entrevistados que preferem anular o voto somam 37% e os indecisos, 12%.
Rejeição
Apesar de aparecer em segundo lugar no levantamento, Telma de Souza é a que possui maior índice de rejeição entre os entrevistados, com 43,86%.
O parlamentar Antônio Carlos Banha Joaquim é o segundo mais rejeitado pelo eleitorado, com 24,10%.
Empatados em terceiro lugar estão Paulo Alexandre Barbosa e Evaldo Stanislau, ambos com 18,31%.
Marcelo del Bosco possui o menor índice entre os canditados citados na pesquisa, com 11,33%.
Os que rejeitariam todos os nomes somam 9%. Já 5% não rejeitariam nenhum. Os entrevistados que não souberam responder são 4%.
Vereador
Na pesquisa espontânea para vereador, Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB) obteve 3,1% das intenções de voto. Na sequência aparecem os vereadores Manoel Constantino (PSDB), presidente da Câmara de Vereadores, e Marcelo del Bosco (PPS), com 1,5% cada.
Também parlamentares, Benedito Furtado (PSB) e Kenny Mendes (PSDB) obtiveram 1,2%. Com 1% aparecem Jorge Vieira da Silva Filho, o Carabina (PSDB) e Telma de Souza (PT).
Com mais de 0,5%, também foram citados Geonísio Aguiar, o Boquinha (PSDB), Chico do Settaport (PT), Rui de Rosis (PMDB), Sadao Nakai (PSDB), Sérgio Santana (PR), Zequinha Teixeira (PSD) e Vicente Cascione.
Os indecisos somaram 35%. Entre os que anulariam o voto ou não votariam em ninguém para vereador estão 34%.
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