Aos poucos, o CES vem retomando o espaço universitário e reconstruindo uma rede do movimento estudantil / Divulgação/CES
Continua depois da publicidade
O presidente do Centro dos Estudantes de Santos (CES), Matheus Café, reeleito por unanimidade em recente Congresso Estudantil da Baixada Santista que reuniu jovens da região e lançou um plebiscito popular sobre temas nacionais, inicia uma luta pela reabertura da sede dos estudantes, como espaço de articulação, formação e apoio ao movimento estudantil.
O congresso não só reafirmou o papel do CES como uma das principais vozes da juventude da Baixada Santista na luta por educação pública, democrática e de qualidade, como abraçou o desafio de debater questões ligadas à educação e ao ensino superior, com foco na defesa de direitos e na ampliação da participação estudantil nas decisões políticas da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Continua depois da publicidade
Aos poucos, o CES vem retomando o espaço universitário e reconstruindo uma rede do movimento estudantil, com os ajuda dos centros, diretórios acadêmicos e atléticas das universidades públicas e privadas. Café revela a necessidade também de reconstruir a coletividade dentro das universidades, muito enfraquecida nos últimos quatro anos pelo governo Jair Bolsonaro.
"Acreditamos que a universidade tem que ter como linha de frente o desenvolvimento regional e nacional. Por isso, é preciso reforçar as lutas estudantis", afirma o presidente, alertando sobre a necessidade de redemocratizar o acesso à universidade e desenvolver políticas públicas que facilitem a vida dos estudantes, principalmente os de baixa renda, para evitar a evasão escolar.
Continua depois da publicidade
"Hoje, a realidade é triste. Jovens desistem de estudar porque não possuem o dinheiro para o transporte, para se alimentar ou até mesmo por não ter onde deixar os filhos no período noturno", explica.
O presidente do Centro dos Estudantes afirma que a luta será para que se conquiste o Passe Livre Estudantil não só para acesso à universidade, mas para toda a cidade.
Também o Bom Prato Estudantil nas universidades privadas, por intermédio de restaurantes populares; e a Creche Noturna, para mães que precisam trabalhar de dia e estudar à noite. "Hoje, um estudante entra na universidade e desiste porque não consegue arcar com despesas básicas", conta.
Continua depois da publicidade
Um dos destaques do congresso foi o lançamento do Plebiscito Popular Contra a Escala 6x1 e Pela Taxação das Grandes Fortunas, iniciativa que será realizada entre 1º de julho e 7 de setembro.
A proposta visa mobilizar a população para se posicionar sobre dois temas centrais: a precarização das condições de trabalho, representada pela jornada 6x1, e a necessidade de justiça fiscal por meio da taxação de grandes fortunas.
O ato político contou com a presença de representantes de diversos movimentos sociais da região, que anunciaram o início da campanha e os pontos de votação que serão espalhados pelas cidades ao longo do período.
Continua depois da publicidade