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Estado descarta reclassificar Baixada Santista para a fase amarela nesta sexta

Apesar dos apelos dos nove prefeitos, a Região não deverá ser reclassificada para a Fase Amarela nesta sexta-feira (3)

LG Rodrigues

Publicado em 02/07/2020 às 14:20

Atualizado em 02/07/2020 às 14:20

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Atualmente, existem cinco critérios estipulados para que as regiões sejam reclassificadas de fase dentro do Plano SP / DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE SAO PAULO

Apesar dos apelos feitos pelos prefeitos das nove cidades da Baixada Santista para que a Região seja reavaliada e reclassificada para a Zona Amarela ainda durante esta semana, as autoridades do Governo do Estado de São Paulo afirmaram que não existe possibilidade de que isto ocorra no atual momento.

Atualmente, existem cinco critérios estipulados para que as regiões sejam reclassificadas de fase dentro do Plano SP: Ocupação de leitos de UTI para Covid; número de leitos de Covid para cada 100 mil habitantes; Variação de casos; Variação de internações e, por fim; Variação de óbitos.

A Baixada Santista está dentro da Fase Verde nos dois primeiros critérios e dentro da Fase Amarela no terceiro e quarto. Já no último fator, o de variação de óbitos, as cidades caiçaras estão classificadas como ocupando a Fase Laranja. É este último dado que mantém a Região no atual rankeamento, que permite uma reabertura parcial e limitada de comércios considerados não essenciais.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa afirma que a Baixada Santista já deveria se encontrar na Fase Amarela porque, segundo ele, o Estado estaria atualizando o dado de acordo com a data em que os óbitos são divulgados, e não quando eles ocorreram, o que seria um efeito que ocorre devido à demora da divulgação dos exames pelas autoridades sanitárias já que existe uma demanda muito grande em institutos como o Adolfo Lutz.

“Dentro do Plano São Paulo, os critérios são claros, são números, uma ciência exata, matemática. São cinco critérios e em dois a Baixada está na zona verde, dois na amarela e apenas um na laranja, que são os óbitos. O Estado considera a morte na data em que ela é divulgada e não na data em que ela de fato ocorreu”, afirma Paulo Alexandre Barbosa.
Os integrantes do Governo Doria reconheceram que a informação procede, mas afirmaram que deverão manter a Baixada Santista na Fase Laranja por pelo menos mais uma semana.

“Os critérios são completamente transparentes, os números são divulgados e entendemos que nas regiões, às vezes, isso cause frustrações porque você coloca a classificação na data da atualização, que foi o que aconteceu com a Baixada Santista, e nos dias seguintes a região apresentou uma melhora significativa que felizmente está se mantendo e se ela se mantiver até a semana que vem, exatamente a região vai avançar para a próxima etapa do Plano São Paulo. Agora, muitos prefeitos passam informações e dados para a gente de fontes municipais e dados do dia. Nós não podemos usar estas informações. Nós temos que usar as informações das fontes oficiais que estão, inclusive, detalhadas no decreto do plano São Paulo e é por esse caminho, esse meio, de forma totalmente transparente, que nós estamos fazendo todos os cálculos e classificações”, afirmou a secretária de desenvolvimento econômico, Patricia Ellen da Silva.

A colocação da integrante do Governo do Estado ocorreu durante a coletiva de imprensa das autoridades ligadas às ações preventivas contra a pandemia do novo coronavírus desta quinta-feira (2). Durante o mesmo evento, o secretário de desenvolvimento regional, Marco Vinholi descartou completamente qualquer chance da Baixada Santista obter essa reclassificação durante esta primeira semana de julho.

“É fundamental trazer alguns números da Baixada Santista. Em um primeiro comentário, Santos é a segunda cidade com mais casos no Estado de São Paulo. Todo mundo sabe que a média da população acima de 60 anos, portanto, população de maior risco, na Baixada é superior à média do Estado e no caso do município de Santos é bem superior, 22,9 versus 15,9 no restante do Estado de São Paulo. Então estes números já demonstram a forma como foi impactada a Baixada Santista na pandemia do coronavírus”.

“Tivemos na avaliação do dia 26, 1.61, portanto, um grande crescimento do número de óbitos na Baixada Santista, no período, por isso ela foi classificada na fase laranja, portanto ela vem tendo uma evolução no processo, pois estava na vermelha, agora na laranja. Temos uma expectativa de melhora, entendemos que pode ter uma melhora na Baixada Santista ao longo das próximas atualizações, mas por enquanto, a Baixada segue na fase laranja. Não existe essa reclassificação possível para amanhã (sexta-feira, 3). No mais é saudar os trabalhos dos prefeitos. A pandemia impactou de forma muito contundente a Baixada Santista, mas os números de vidas salvas, a questão da capacidade hospitalar instalada e todo esse trabalho feito por lá foi positivo ao longo desse processo e conseguiu resultar em um resultado muito importante em termos de vidas salvas, sobretudo com a população de risco superior à média do Estado que existe na Baixada Santista”, concluiu Vinholi

 

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