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Santos

Danilo Caymmi faz show no Sesc em homenagem aos 130 anos do Porto de Santos

Espetáculo gratuito será realizado no dia 5/2, às 20 horas, no Teatro do Sesc

Da Reportagem

Publicado em 31/01/2022 às 18:19

Atualizado em 31/01/2022 às 18:19

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Danilo Caymmi fará show no Sesc em Santos / Divulgação

As músicas que cantam o mar, os amores e a vida praieira, consagradas na obra do saudoso compositor e cantor Dorival Caymmi, serão reverenciadas no show Viva Caymmi, com Danilo Caymmi (voz a flauta) & Flávio Mendes (violão), em uma apresentação especial intimista rebatizada como O Porto de Santos e o Mar, pelas canções de Caymmi.

O show gratuito, às 20 horas do dia 5/2, no Teatro do Sesc Santos, é a principal atração cultural do 3º Festival Porto Cidade, que conta com uma vasta programação em comemoração aos 130 anos do Porto de Santos, celebrados no dia 2 de fevereiro.

Os ingressos devem ser retirados no dia do show, a partir das 14 horas, na bilheteria do Sesc Santos, à Rua Conselheiro Ribas, 136, na Aparecida. Será exigida a apresentação de comprovante (físico ou digital) de vacinação contra a Covid-19, com duas doses ou dose única, para maiores de 12 anos, e apresentação de documento.

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O uso da máscara é obrigatório durante toda a apresentação. A ocupação será reduzida a 369 pessoas, com espaçamento de dois lugares vazios a cada um ocupado.

O espetáculo dramático-musical presta um tributo à vida e à obra de Dorival Caymmi, o músico brasileiro que mais cantou a simplicidade de se viver na praia, ganhar a vida com a pesca e os amores banhados à maresia. Falecido em 2008, aos 94 anos, Caymmi é autor dos clássicos O que é que a baiana tem?, Marina, O mar e Samba da minha terra, num universo de cerca de 120 obras-primas. 

Danilo não esconde o orgulho e a emoção de cantar as músicas do pai, mas adianta que essa homenagem à vida e à obra de Dorival Caymmi reúne um mix de entretenimento para quem ama a boa música brasileira. “Tem as músicas do meu pai, claro, mas tem muito humor, eu toco flauta e converso muito com o público. Meu pai era muito falante, detalhista e tem um pouco disso no show também”, comenta Danilo, que assina o espetáculo em parceria com Flávio Mendes e Nilson Raman.

A história de Dorival tem a participação do Porto de Santos mesmo antes de seu nascimento, revela Danilo. Foi no Porto de Santos que Enrico Caymmi, bisavô de Dorival Caymmi, chegou ao Brasil vindo da Itália, no final do século 19. “A família é de imigrantes italianos que desembarcaram no Porto de Santos. Enrico veio da Itália para trabalhar na construção do Elevador Lacerda, cartão postal de Salvador”.

A música também uniu Dorival e Carlos Guinle, filho de Eduardo Palacin Guinle, um dos sócios da Empresa das Obras de Melhoramentos do Porto de Santos, então responsável pela construção do primeiro trecho de porto organizado no Brasil, em 1892. A dupla Caymmi-Guinle compôs Sábado em Copacabana e Você não sabe amar, dentre outras. “Meu pai era muito próximo da família Guinle, os dois eram parceiros de composição e muito amigos”.

Revisitando memórias, Danilo falou que a ligação de Caymmi com o mar também passava pela atividade profissional do próprio pai, Durval Henrique Caymmi, que era portuário e acompanhava os práticos até o navio. “Meu pai tinha lembranças desta época, coisas que o meu avô ganhava no navio e trazia para ele. De certa forma, toda essa riqueza cultural, essa diversidade, também está retratada na obra do meu pai”.

Legado

Para Danilo, cantar as canções de Dorival mistura o prazer de interpretar músicas que vieram dos anseios do povo com a missão de eternizar o legado musical do pai. “Nossa memória, no Brasil, é muito curta. Acho que o show Viva Caymmi tem esse papel de perpetuar os clássicos que estão enraizados na cultura brasileira. Tem como pensar no Carnaval sem lembrar de Maracangalha? Deveríamos ter shows assim para reverenciar muitos outros compositores”.

No repertório do show estão outros clássicos da música brasileira, como Promessa de Pescador, Noite de Temporal, A jangada voltou só, É doce morrer no Mar, Minha jangada, Nem Eu, Marina, Saudade da Bahia, Vatapá e Samba da Minha Terra. A apresentação vai fazer um passeio pelos bastidores das criações icônicas e revelar histórias do patriarca do clã Caymmi, considerado por Tom Jobim “um dos gênios da raça”. 

Caçula da família, Danilo é irmão de Nana e Dori, também músicos. Flautista, fez parte da banda de Tom Jobim e ficou conhecido quando conquistou o terceiro lugar no Festival Internacional da Canção em 1968, com a composição Andança, parceria com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto. Também é compositor, arranjador e artista plástico

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